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Lucros do BCP caem 55% para 76 milhões no primeiro semestre do ano

Os analistas do CaixaBank/BPI estimavam uma subida homóloga dos lucros do BCP de 93% para os 31 milhões de euros, no segundo trimestre deste ano. Já em termos semestrais, as projeções apontavam para um decréscimo de 61% para os 66 milhões de euros. O banco liderado por Miguel Maya apresentou valores superiores ao estimado.

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Os lucros do BCP caíram no primeiro semestre do ano, mas ficaram acima do previsto. O banco liderado por Miguel Maya obteve um resultado positivo de 76 milhões de euros, o que compara com os 169,8 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

"Esta evolução encontra-se fortemente condicionada pelo impacto da situação extraordinária que se vive atualmente, decorrente da pandemia provocada pela covid-19", afirma o banco no comunicado enviado à CMVM, esta terça-feira. Isto num período marcado pelo "reforço relevante de imparidade", no montante de 108,8 milhões de euros, o que reflete a "evolução desfavorável da economia" devido à pandemia.

Tendo em conta apenas o segundo trimestre, os lucros mais do que duplicaram para mais de 40 milhões, um valor que ficou acima das estimativas dos analistas. No primeiro trimestre deste ano o BCP tinha registado lucros de 35 milhões de euros.

As projeções do CaixaBank/BPI estimavam um decréscimo de 61% para os 66 milhões de euros no semestre e apontavam para uma subida homóloga de 93% para os 31 milhões de euros, no segundo trimestre deste ano, face aos 15,9 milhões de euros anunciados no mesmo período do ano anterior.

A margem financeira alcançou 759,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, o que representa um crescimento de 2,6% face aos 740,1 milhões de euros registados no semestre homólogo, "determinado pelo desempenho favorável da atividade internacional, nomeadamente pela evolução positiva da subsidiária polaca, pese embora tenha sido parcialmente atenuado pelo menor contributo proveniente da atividade em Portugal", explica o BCP. 

Já as comissões líquidas subiram 0,9% para 
345,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, "devido ao bom desempenho da atividade internacional, pese embora o mesmo tenha sido atenuado pela evolução das comissões na atividade em Portugal". 

Por outro lado, os resultados em operações financeiras cifraram-se em 39,6 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2020, situando-se abaixo dos 95,5 milhões de euros alcançados em igual período do ano anterior, devendo-se esta evolução maioritariamente ao desempenho da atividade em Portugal.

Quando aos custos operacionais, excluindo o efeito dos itens específicos, estes foram de 540,7 milhões de euros, face aos 519,7 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2019. "Esta evolução reflete essencialmente o incremento verificado na atividade internacional, pese embora o mesmo tenha sido parcialmente mitigado pelo bom desempenho da atividade em Portugal, no que respeita ao controlo dos custos operacionais recorrentes", diz o BCP. 

Já a carteira de crédito (bruto) consolidada ascendeu a 55.998 milhões de euros em 30 de junho de 2020, o que mostra um aumento de 2,4% face aos 54.699 milhões de euros apurados na mesma data do ano anterior, à boleia do desempenho da atividade em Portugal.


(Notícia atualizada.)

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