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Lucro do BPI sobe 35% para 390 milhões de euros até setembro

Resultado em Portugal duplicou para 324 milhões de euros.

Miguel Baltazar / Cofina
30 de Outubro de 2023 às 11:06
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O lucro do BPI cresceu 35% para 390 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano em termos consolidados.

O resultado em Portugal foi de 324 milhões, tendo duplicado face aos 166 milhões registados em setembro de 2022.

"São resultados mais positivos", afirmou o CEO na apresentação dos resultados. João Pedro Oliveira e Costa explicou que "a parte principal dos resultados provém do produto bancário comercial", incluindo a influência positiva da "subida das taxas de juro para enfrentar a inflação".

A margem financeira obtida em território nacional disparou 84% para 688 milhões de euros. As comissões renderam 218 milhões de euros, valor igual ao registado em setembro de 2022.

A tendência de aumento da margem, que se verifica desde o ano passado, não deverá no entanto durar muito mais: "Acreditamos que estamos muito perto de atingir alguma estabilizaçã2, afirmou o presidente executivo, mencionando a conjugação de dois fatores: a subida da remuneração dos depósitos e o abrandamento no crédito a empresas. "A margem financeira em 2024 irá reduzir-se", estimou, realçando no entanto que "o desejável é que a rentabilidade dos capitais próprios se mantenha em valores intermédios entre os muito baixos de há três ou quatro anos e os mais recentes.
Não queremos voltar a momentos em que a preocupação era com os bancos e tínhamos de recapitalizá-los", alertou.

O volume de depósitos em Portugal diminuiu 6% para 28,4 mil milhões de euros, sobretudo devido à concorrência dos certificados de aforro, explicou o presidente executivo da instituição financeira. "O mercado já se ajustou relativamente ao que se paga na Europa", afirmou João Pedro Oliveira e Costa, referindo-se à remuneração paga pela banca nas poupanças dos clientes.

A carteira de crédito aumentou 3%, atingindo 29,8 mil milhões de euros. Os empréstimos para compra de habitação própria aumentaram 4%, atingindo 14,6 mil milhões de euros e ajudando o volume total de empréstimos a famílias a melhorar 3% para 16,3 mil milhões.

Os créditos a empresas cresceram 2% para 11,2 mil milhões de euros.

O rácio de exposições não produtivas (NPE, na sigla inglesa) e que incluem o crédito malparado, caiu ligeiramente de 1,6% para 1,5%, atingindo 569 milhões de euros. 

O contributo do moçambicano Banco Comercial e de Investimentos (BCI) para o resultado consolidado foi de 24 milhões de euros (menos 2% do que no período homólogo). Já o Banco de Fomento de Angola (BFA), no qual o BPI quer vender os 48,1% do capital que detém, foi responsável por 42 milhões de euros, numa queda de 59%.

O processo de alienação da participação do BFA "está a fazer o seu caminho", adiantou o CEO, fazendo questão de afirmar que "o banco está muito bem, continua a ser uma enorme fortaleza em Angola". 

"Tínhamos suspendido o processo e não há mais nenhuma novidade a dar sobre este assunto", concluiu.

Nos primeiros nove meses do ano o BPI pagou 41,5 milhões de euros em custos regulamentares, abaixo dos 48,3 milhões verificados no período homólogo. 

A contribuição sobre o setor bancário custou 22,3 milhões de euros. O adicional de solidariedade custou 4,1 milhões de euros. O banco transferiu 4,8 milhões ao Fundo de Resolução. 

"Continuo a não entender", criticou o CEO. "Extraordinário é quando é um ano ou dois. Se são vários, passou a ser permanente, É uma forma de cobrança que não me parece a mais correta", atirou, garantindo que o banco "cumprirá sempre o que tiver de cumprir".

No final de setembro o BPI tinha 4.335 trabalhadores (menos 52 do que um ano antes) e 318 balcões (numa diminuição de 6 face ao período homólogo).

Notícia alterada para corrigir a evolução percentual da atividade doméstica, que duplicou.
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