Notícia
Desconto na Euribor? "Fatura vai aparecer mais à frente", avisa CEO do BPI
O BPI tem 4.700 clientes com bonificação dos juros no crédito à habitação e renegociou outros 3.700 contratos no âmbito da medida lançada em 2022 que obrigou os bancos a analisarem as taxas de esforço dos mutuários.
O presidente do BPI avisa que o apoio lançado pelo Governo que prevê um "desconto" de 30% na Euribor durante dois anos implica um custo no longo prazo para as famílias e só deve ser tomada por quem de facto necessite dela.
"A fatura vai aparecer mais à frente", alertou na apresentação dos resultados do banco nos primeiros nove meses do ano, quando questionado sobre o apoio que entra em vigor no dia 2 de Novembro. O CEO sublinhou que "é sempre importante termos medidas para situações repentinas", mas sublinhou que tem "a expetativa que as pessoas analisem muito bem" e que "quem tem mesmo dificuldades adira e não os outros", porque "na prática vão pagar o alívio mais à frente".
"É importante ponderar, naqueles que não têm essa necessidade premente", realçou. "Temos a expetativa que numa primeira fase haja um número significativo de pessoas pelo menos a fazer perguntas. Estamos preparados para isso mesmo", concluiu.
O BPI revelou também que tem 4.700 clientes (num universo de 200 mil) a beneficiar da bonificação dos juros no crédito à habitação.
O valor foi avançado pelo administrador Francisco Matos na apresentação de resultados do banco.
A medida foi lançada pelo Governo em Março de 2022 para apoiar famílias de menores rendimentos que viram as prestações aumentar para valores que levam a respetiva taxa de esforço para valores acima dos 35%.
Além disso, negociou um total de 3.400 contratos (num total de 414 milhões de euros) no âmbito do outro apoio, criado no final de 2022, que obrigou os bancos a analisarem as taxas de esforço dos clientes e a propor soluções nas situações mais complexas.
O total de renegociações feitas pelo banco neste ano atingiu 950 milhões de euros.
Orçamento "prudente e equilibrado" mas com falta de inventivo no IRC
Desafiado a comentar a proposta de Orçamento do Estado para 2024, o CEO do BPI repetiu que se trata de um documento "prudente e equilibrado" e que "num pais com dívida significativa é importante ter equilíbrio das contas".
Destacando "aspetos positivos no IRS", João Pedro Oliveira e Costa enunciou ainda "aspetos para refletir e melhorar". "Não há incentivo forte na diminuição do IRC", lamentou, lembrando que "quanto mais emprego tivermos mais receita o Estado tem e mais paz social existe. Apostaria muito nisso", disse.
Oliveira e Costa voltou ainda ao tema do fim do regime para os residentes não habituais: "É importante mantermos talento e o investimento estrangeiro deve ser um aspeto fundamental", atirou.
"A fatura vai aparecer mais à frente", alertou na apresentação dos resultados do banco nos primeiros nove meses do ano, quando questionado sobre o apoio que entra em vigor no dia 2 de Novembro. O CEO sublinhou que "é sempre importante termos medidas para situações repentinas", mas sublinhou que tem "a expetativa que as pessoas analisem muito bem" e que "quem tem mesmo dificuldades adira e não os outros", porque "na prática vão pagar o alívio mais à frente".
O BPI revelou também que tem 4.700 clientes (num universo de 200 mil) a beneficiar da bonificação dos juros no crédito à habitação.
O valor foi avançado pelo administrador Francisco Matos na apresentação de resultados do banco.
A medida foi lançada pelo Governo em Março de 2022 para apoiar famílias de menores rendimentos que viram as prestações aumentar para valores que levam a respetiva taxa de esforço para valores acima dos 35%.
Além disso, negociou um total de 3.400 contratos (num total de 414 milhões de euros) no âmbito do outro apoio, criado no final de 2022, que obrigou os bancos a analisarem as taxas de esforço dos clientes e a propor soluções nas situações mais complexas.
O total de renegociações feitas pelo banco neste ano atingiu 950 milhões de euros.
Orçamento "prudente e equilibrado" mas com falta de inventivo no IRC
Desafiado a comentar a proposta de Orçamento do Estado para 2024, o CEO do BPI repetiu que se trata de um documento "prudente e equilibrado" e que "num pais com dívida significativa é importante ter equilíbrio das contas".
Destacando "aspetos positivos no IRS", João Pedro Oliveira e Costa enunciou ainda "aspetos para refletir e melhorar". "Não há incentivo forte na diminuição do IRC", lamentou, lembrando que "quanto mais emprego tivermos mais receita o Estado tem e mais paz social existe. Apostaria muito nisso", disse.
Oliveira e Costa voltou ainda ao tema do fim do regime para os residentes não habituais: "É importante mantermos talento e o investimento estrangeiro deve ser um aspeto fundamental", atirou.