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CEO do BPI: “Por amor de Deus remendem o assunto dos residentes não habituais”

O presidente executivo do BPI entende que o discurso público sobre o sistema financeiro é “o maior centro de demagogia e ignorância” e pede ao Governo volte atrás no fim do incentivo fiscal para não residentes.

Pedro Catarino
18 de Outubro de 2023 às 11:18
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O fim do incentivo fiscal aos expatriados em Portugal é "uma medida política com pouca reflexão" que foi no sentido errado, considera o presidente executivo do BPI. "Por amor de Deus remendem este assunto dos residentes não habituais" afirmou João Pedro Oliveira e Costa numa conferência sobre o Orçamento do Estado organizada pela sociedade de advogados Cuatrecasas.

Os residentes não habituais "não trazem património mas trazem ‘hubs’ de trabalho e muitas startups surgem assim", indicou o CEO do banco detido pelos espanhóis do Caixabank.

O Governo decidiu acabar com a taxa especial de 10% para reformados estrangeiros a residir em Portugal. O regime dos residentes não habituais foi criado em 2009. O objetivo era atrair talento em profissões de alto valor acrescentado –, mas aplica-se também a pensionistas estrangeiros.

Em sentido contrário, Oliveira e Costa apelou à redução de impostos sobre as empresas. "Se temos hoje um equilíbrio [orçamental] e isso deve-se às empresas", que precisam de ""um ambiente competitivo", que na sua opinião pode ser atingido com duas medidas. "É preciso haver a coragem de baixar o IRC, se quisermos continuar a ter níveis elevados de emprego. Não tem de ser de uma vez e iria atrair imenso investimento". A outra, defende, é o combate à economia paralela.

"A banca é um bode expiatório"

O presidente executivo do BPI entende que o debate público sobre os bancos é "o maior centro de demagogia e ignorância no país".

Intervindo numa conferência sobre o Orçamento do Estado organizada pela sociedade de advogados Cuatrecasas, o CEO do banco detido pelos espanhóis do Caixabank, João Pedro Oliveira e Costa considerou que a proposta para 2024 entregue pelo Governo na Assembleia da República é "prudente" por prever um "equilíbrio das contas públicas" que até inclui "um ligeiro superavit".

Avisando que há uma "paragem fortíssima na Alemanha" e que o"impacto das taxas de juro está a verificar-se e vai verificar-se até 2024", João Pedro Oliveira e Costa alertou que o conflito entre o Israel e o Hamas "terá impacto na energia".
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