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Lucro do BPI melhora 19% para 365 milhões de euros

Valor compara com os 307 milhões registados em 2021. Na atividade em Portugal o resultado melhorou 31% para 235 milhões de euros. Banco vai entregar 284 milhões de euros ao Caixabank.

João Cortesão
03 de Fevereiro de 2023 às 12:04
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O BPI registou um lucro de 365 milhões de euros em 2022, melhorando em 19% o resultado do ano anterior.

Na atividade em Portugal o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa obteve 235 milhões, mais 31% do que em 2021. O angolano BFA contribuiu com 96 milhões (menos 9% do que em 2021) e a contribuição do moçambicano BCI cresceu para o dobro, com 34 milhões de euros.

A carteira de crédito em território nacional cresceu 6% para 1,6 mil milhões de euros. Já o volume de depósitos aumentou 5% para 1,5 mil milhões de euros.

O rácio de exposições não produtivas (NPE) fixou-se em 1,6%, com uma cobertura por imparidades e colaterais de 155%.

A margem financeira melhorou 20% para 548 milhões de euros e as comissões líquidas renderam 296 milhões (mais 3%).

O rácio de capital "common equity tier 1" (CET1) subiu de 14,2% em 2021 para 14,8% no ano passado.

O BPI segue a tendência de redução de agências e balcões verificada no setor: chegou ao final de 2022 com 4.404 trabalhadores (menos 74 do que em dezembro do ano anterior) e 325 locais na rede de distribuição (menos 24).

Os custos com pessoal fixaram-se em quase 260 milhões de euros, numa queda de 1% face a 2021.

Numa fase em que decorrem as negociações com os sindicatos para as valorizações salariais, João Pedo Oliveira e Costa enfatizou que em 2022 a massa salarial "subiu quase 5% de forma direta", valor que sobe para 7% se forem contabilizados os apoios a funcionários mais vulneráveis.

No ano passado o banco pagou 48 milhões de euros em custos regilamentares, incluindo 14,4 milhões ao fundo único de resolução, 8,8 milhões ao fundo de resolução nacional, 21,2 milhões de contribuição sobre o setor bancário e 3,9 milhões no adicional de solidariedade.

Na apresentação dos resultados, o CEO João Pedro Oliveira e Costa avançou que a instituição vai distribuir 284 milhões em dividendos ao acionista. No ano passado entregou 194 milhões de euros ao Caixabank.

Questionado sobre as taxas de juro que o banco pratica nos depósitos, Oliveira e Costa admitiu que o BPI vai aumentar a remuneração das poupanças e alertou que as taxas altas (até 5%) publicitadas por algumas instituições podem ser enganadoras porque as condições impostas para lhes aceder podem ser muito restritivas: "dizer que há bancos a pagar 5% pode ser gato por lebre. É preciso ver com que condições, durante quanto tempo, etc", assinalou.
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