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Lúcia Leitão: "Utilização dos canais digitais não podem pôr em causa a protecção dos clientes"

As novas regras são também desafios para a supervisão, que admite ter de fazer recomendações por causa dos novos modelos assentes em algoritmos e inteligência artificial.

Lúcia Leitão, responsável do Banco de Portugal, explicou que a “conta-base” poderá ser adoptada pelos bancos “a curto prazo”.
João Miguel Rodrigues/Correio da Manhã
Alexandra Machado amachado@negocios.pt 07 de Fevereiro de 2018 às 10:55
A supervisão comportamental do sistema financeiro tem um conjunto de novos desafios nos novos regulamentos, nomeadamente ao nível da directiva dos pagamentos, mas também pelo desenvolvimento tecnológico.

Lúcia Leitão, directora do departamento comportamental do Banco de Portugal, deixou alguns avisos sobre o novo mundo. "A utilização dos canais digitais não podem pôr em causa a protecção e os direitos dos clientes". E assumiu um desafio para a supervisão comportamental, o que exige, segundo a responsável, "novos instrumentos de fiscalização".

O Banco de Portugal, assume Lúcia Leitão, tem prestado atenção particular a estes temas, garantindo esta responsável que até tem eliminado barreiras que "impediam a comercialização de produtos através de canais digitais", mas tal "não significa que não esteja atento aos novos desafios".

Assume que a agenda é pesada. E nessa agenda tem de estar um outro tema: o da segurança. "A preocupação pela segurança tem de estar na agenda dos supervisores", incluindo ao nível da supervisão de condutas.

A atenção, acredita, tem de ser redobrada. "Temos de estar atentos à inovação e fiscalizar". E deixou mesmo o recado: "a inovação sem supervisão é uma fórmula para o desastre".

Os algoritmos e a utilização de inteligência artificial são outros desafios que não podem ser afastados pela regulação. Aliás, a análise à qualidade desses novos modelos tem de estar na agenda, e Lúcia Leitão admite mesmo que possa existir a necessidade de ter recomendações sobre essas utilizações.
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