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Joaquim Goes, António Souto e Rui Silveira afastados do BES
Os administradores com os pelouros de auditoria, 'compliance', gestão de riscos e os titulares dos órgãos de fiscalização foram suspensos de funções pelo Banco de Portugal. Com "efeitos imediatos".
Joaquim Goes, António Souto e Rui Silveira também foram afastados pelo Banco de Portugal de funções executivas do BES.
Da comissão executiva de Ricardo Salgado já só restam Jorge Martins e João Freixa.
Joaquim Goes tinha o pelouro de gestão de risco. António Souto o pelouro do 'compliance' e Rui Silveira da auditoria e inspecção.
O Banco de Portugal suspendeu de funções os administradores com os pelouros de auditoria, 'compliance' e gestão de riscos, assim como os órgãos de fiscalização. Ao suspender a comissão de auditoria, o Banco de Portugal nomeou uma comissão com quadros da PriceWaterhouseCoopers para fiscalizar o banco enquanto os accionistas não escolham novos responsáveis.
De acordo com o comunicado do Banco de Portugal, a suspensão tem "efeitos imediatos".
O que significa que há novos administradores a serem cooptados até à realização da assembleia-geral.
O Banco de Portugal explica que a suspensão deve-se ao facto de a estes titulares incumbirem "deveres reforçados de vigilância, tendo presente a responsabilidade atribuída às funções de controlo pelo Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008, para permitir a prevenção e detecção tempestiva das situações em causa, o que não veio a ocorrer".
O Banco de Portugal não refere os nomes, mas de acordo com o "site" do Banco Espírito Santo a comissão de auditoria, que é o órgão de fiscalização, é composto por Horácio Lisboa Afonso (Presidente), Pedro João de Matos e Silva e João de Faria Rodrigues.
O Banco de Portugal também inibiou o exercício dos direitos de votos à Espírito Santo Financial Group no BES. O ESFG já está sob gestão controlada.