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António Horta Osório: “Ou integramos mais ou perdemos a União Europeia”

O presidente do Lloyds defendeu a necessidade de maior integração europeia e de políticas de crescimento para ajudar os países da Europa a ultrapassarem a actual crise orçamental. A banca, que é o coração da economia e foi resgatada pelos contribuintes, tem responsabilidades acrescidas no processo de integração, afirmou.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Maio de 2013 às 17:17
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António Horta Osório iniciou o discurso de abertura do painel sobre a Crise e as Novas Dinâmicas da Economia Global com uma piada. O moderador Patrick Jenkins foi seu adversário numa partida que ficou documentada no Financial Times, onde Jenkins é editor de banca.

 

"Para não envergonhar ninguém não vos vou dizer qual foi o resultado… O que posso dizer é que ele fez bem em escolher o jornalismo como carreira…”, gracejou o executivo português. 

 

A piada foi uma forma de captar a atenção da audiência para a nota introdutória ao painel das Conferências do Estoril. Para Horta Osório, a crise europeia é um sinal de que a região necessita de maior integração, mas também de manter a disciplina orçamental a que deve somar um esforço de estímulo à economia, "já que só austeridade não está a resultar". 

 

"Esta crise demonstra que a União Europeia chegou a uma encruzilhada. Ou integramos mais ou perdemos a UE. Não existe um percurso intermédio e precisamos de uma liderança forte na Europa para atravessar este percurso conturbado", defendeu o presidente do Lloyds Banking Group.

 

No centro do esforço de integração deve estar a banca. O sector que está a ser sujeito a várias restrições regulativas é o "coração" da economia e tem um dever especial de corresponder às exigências do momento depois de ter sido resgatado com dinheiro dos contribuintes. 

 

"Os bancos de retalho e comerciais têm uma responsabilidade especial em apoiar o crescimento da economia e eu acredito que, dado o apoio público durante esta crise, a responsabilidade é ainda maior e justamente sob escrutínio público", defendeu. 

 

“O desafio é criar um sistema regulativo que atinja o equilíbrio certo entre a melhoria da estabilidade e não ir demasiado longe a ponto de que a inovação e a concorrência sejam penalizadas, e de que o crédito não chegue à economia.”

 

"Ténis com o Financial Times"

 

António Horta Osório é um entusiasta jogador de ténis e, em meados do ano passado, desafiou o editor de banca do Financial Times para uma partida no exclusivo Queen's Club. 

 

O executivo português tinha regressado há pouco tempo de ter interrompido as suas funções no Lloyds, forçada por exaustão provocada por stress e insónias. A reportagem de Patrick Jenkins está disponível aqui.

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