Quem está mais bem posicionado para adquirir o BES Investimento, actualmente pertença do Novo Banco, é um grupo chinês, de acordo com o Expresso Diário. Neste momento, a administração de Eduardo Stock da Cunha, que assumiu as negociações directas do dossiê na fase final do processo de venda, estará a ultimar pormenores com os chineses, que não são identificados pela publicação.

Já se sabia que havia investidores da China, México e Dubai interessados em adquirir o banco liderado por José Maria Ricciardi. O expresso Diário diz que os chineses são os que estão mais perto de ficar com esta instituição.

A venda do banco deverá estar fechada na próxima semana, segundo o Expresso, caso tudo corra conforme o esperado. O Negócios já tinha dito que a operação teria de estar fechada nestas semanas. O BESI tem de ser vendido rapidamente, no máximo até ao final do ano, de forma a definir se fica fora ou dentro do perímetro do Novo Banco, que, também ele, tem de ser vendido. Além disso, como já escreveu o Negócios, o BESI também tem de ser alienado porque o nome ainda não foi alterado e mantém a designação Espírito Santo – o que não poderá acontecer por muito mais tempo, já que a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia ordenou o fim desta marca após a resolução determinada, a 3 de Agosto, pelo Banco de Portugal.  

O processo de venda do BESI, depois de meses em que José Maria Ricciardi foi o protagonista na busca de investidores, está agora nas mãos da administração do Novo Banco Eduardo Stock da Cunha.

A concretizar-se esta aquisição pelos chineses, continua a crescer o investimento vindo daquele país oriental. O grupo Fosun já adquiriu uma das empresas anteriormente nas mãos dos Espírito Santo: a ES Saúde, comprada através da Fidelidade, que os chineses tinham adquirido em 2013.

Tendo em conta o valor contabilístico da instituição no final de Junho último, o BESI poderá estar avaliado em cerca de 600 milhões de euros. No primeiro semestre do ano, o banco lucrou 2,5 milhões, um aumento de 21,5% em termos homólogos. Além da operação portuguesa, o banco de investimento está presente no Brasil, Índia (corretagem), Reino Unido, Irlanda, Polónia, Espanha, Estados Unidos e México, contando com um total de 825 colaboradores.