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Grupo cripto Circle ameaçado por exposição ao Silicon Valley Bank

Circle admite que 3,3 mil milhões de dólares das suas reservas estão presas no Silicon Valley Bank.

Após valorizar com a notícia da aquisição da FTX pela Binance, o mercado cripto regressou à fasquia de 1 bilião de dólares. Mas não durou e tombou de novo para 800 mil milhões.
Dado Ruvic/Reuters
12 de Março de 2023 às 11:48
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A Circle, operadora de uma das maiores stablecoins do mundo, admitiu que 3,3 mil milhões de dólares das suas reservas estão presas no Silicon Valley Bank (SVB), banco especializado em startups que faliu na sexta-feira, provocando uma queda no valor de seu token.

O copaso do SVB constitui mais um glope para o mercado de criptomoedas, o qual ainda está a tentar recuperar de uma crise de confiança que derrubou algumas das empresas mais emblemáticas, caso da FTX.

No início desta semana, o Silvergate, um banco dos EUA que apostou no clientes cripto, disse que encerraria as operações após uma corrida aos depósitos.

 

As stablecoins desempenham um papel fundamental na conexão dos mercados tradicionais e criptográficos, e os traders as usam como dinheiro ou dólares nativos criptográficos para fazer negócios. A maioria rastreia o valor de uma moeda importante, como o dólar, um por um.

Os operadores de stablecoin normalmente ganham juros sobre os ativos tradicionais subjacentes a seus tokens, com uma maior oferta em circulação aumentando a receita.

 

A USD Coin da Circle é a segunda maior stablecoin no mercado cripto, com 42 mil milhões de dólares em circulação, de acordo com dados da empresa.

 

A empresa disse que detém um quarto das reservas do USDC em dinheiro com seis parceiros bancários, dos quais o SVB era um. A maioria de suas reservas de US$ 40 bilhões é mantida em títulos do governo dos EUA de curto prazo e outros bancos dos EUA.

 

No seu blogue, a Circle garantiu este sábado que as operações de liquidez do USDC serão retomadas quando os bancos abrirem na segunda-feira.

"Não são apenas as próprias criptomoedas que estão sob pressão: agora os bancos que sustentam o próprio setor estão falindo. E stablecoins como o USDC são a porta de entrada e saída da cripto para muitos investidores", disse Charley Cooper, ex-chefe de gabinete da Commodity Futures Trading Commission, o órgão regulador dos EUA, citado pelo Financial Times.

 

"A ameaça até mesmo para o modelo [stablecoin] apoiado por reservas colocou em questão a viabilidade da interseção entre cripto e finanças tradicionais", acrecscentou

 

Dante Disparte, diretor de estratégia da Circle, alertou no sábado que a empresa estava protegendo sua stablecoin de uma "falha do cisne negro no sistema bancário dos EUA".

 

"O SVB é um banco crítico na economia dos EUA e sua falência – sem um plano de resgate federal – terá implicações mais amplas para negócios, bancos e empreendedores", tuitou.

 

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