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Grandes bancos de investimento querem apressar saída do Reino Unido
Segundo a Bloomberg, dado o número limitado de destinos adequados para realocar operações noutras cidades, os bancos estão numa corrida uns contra os outros para garantir os melhores espaços.
Os grandes bancos de investimento que têm as suas sedes europeias em Londres vão começar a transferir trabalhadores para outros locais pouco tempo depois de o Governo britânico accionar o procedimento de saída, avança a Bloomberg, citando fontes próximas de quatro grandes instituições financeiras.
Perante a ausência de um plano claro para proteger o estatuto do Reino Unido de grande centro financeiro mundial, os empresários estão a preparar-se para o pior - que no seu caso é perder o direito de vender serviços livremente pela Europa a partir da City londrina, esclarecem as mesmas fontes.
Correndo o risco de enfrentar uma longa espera por aprovações regulatórias antes de os trabalhadores se poderem deslocar para outro local, os bancos querem iniciar o processo rapidamente para que este esteja concluído antes do final dos dois anos de negociação do Brexit.
De acordo com a agência noticiosa, dado o número limitado de destinos adequados para realocar operações noutras cidades, os bancos estão numa corrida uns contra os outros para garantir o melhor espaço de escritórios e alojamento para milhares de trabalhadores que poderão sair do Reino Unido.
O facto de o país abandonar a União Europeia é um problema particularmente grave para os bancos de Wall Street, cuja maioria das receitas geradas na região vem de clientes da UE.
87% dos trabalhadores europeus dos bancos de investimento norte-americanos estão no Reino Unido, que é também responsável por 78% da actividade do mercado de capitais da região, segundo o think tank New Financial.