Notícia
Grandes bancos dos EUA passam testes de resistência da Fed
Todos os 23 grandes bancos superaram os testes realizados pela Reserva Federal. O anúncio permite o levantamento das restrições que tinham sido impostas pela pandemia ao pagamento de dividendos e à compra de ações.
25 de Junho de 2021 às 07:36
A Reserva Federal (Fed) dos EUA anunciou que os grandes bancos passaram os testes de resistência, o que permitiu o levantamento das restrições impostas pela pandemia ao pagamento de dividendos e à compra de ações.
Em concreto, os bancos JPMorgan Chase, Wells Fargo e Bank of America vão poder em breve afetar milhões de dólares a pagamento de dividendos e compra de ações próprias.
"Todos os 23 grandes bancos testados dispõem de capitais em montantes bem acima dos exigidos em função dos riscos", indicou a Fed, em comunicado divulgado esta quinta-feira, 24 de junho.
Por consequência, acrescentou a instituição, "as restrições suplementares criadas durante o covid vão acabar" a 30 de junho, conforme tinha sido anunciado no final de março.
A Fed tinha imposto estas restrições há um ano, invocando então a necessidade de conservar capital durante a crise. Na altura, interditou a estes grandes bancos que realizassem programas de compras de ações e limitou os pagamentos de dividendos aos acionistas.
Esta medida deveria ter acabado no final de dezembro de 2020. Ela tinha sido aliviada, mas prolongada, primeiro até 31 de março, depois até ao fim de junho.
"Durante o último ano, a Reserva Federal efetuou três testes de resistência, com várias recessões hipotéticas, e todos confirmaram que o sistema bancário está solidamente posicionado para apoiar a recuperação económica do país", assegurou o vice-presidente encarregado da supervisão destes testes, Randal Quarles, citado no comunicado.
Os testes de resistência tinham sido criados pela lei Dodd-Frank, depois da crise financeira de 2008. Até à crise provocada pela pandemia do novo coronavirus, eram realizados uma vez por ano. E o anúncio agora feito assinala uma forma de normalização, depois desta crise, que paralisou a economia dos EUA e a mundial.
Os testes avaliam a resiliência dos grandes bancos, estimando as suas perdas, as suas receitas ou ainda os seus níveis de fundos próprios, que fornecem uma proteção contra as perdas em condições hipotéticas, para um período de nove trimestres. Para estes testes, a Fed tomou como base uma grave recessão mundial conjugada com tensões importantes no mercado imobiliário comercial e da dívida empresarial.
Neste cenário, a taxa de desemprego aumentava quatro pontos percentuais para atingir um pico superior a 10%, enquanto a Fed prevê uma taxa de desemprego de 4,5% no final de 2021. O produto interno bruto caía 4% entre o quarto trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2022 e os preços dos ativos baixavam fortemente, "com uma baixa de 55% das cotações das ações".
Com base nestes elementos catastróficos, "os 23 grandes bancos perderiam coletivamente mais de 470 mil milhões de dólares, dos quais cerca de 160 mil milhões ligados ao imobiliário e aos empréstimos às empresas", detalhou a instituição. "Entretanto, os seus rácios de capital cairiam para 10,56%", o que continuava a ser mais do dobro da taxa mínima requerida.
Em concreto, os bancos JPMorgan Chase, Wells Fargo e Bank of America vão poder em breve afetar milhões de dólares a pagamento de dividendos e compra de ações próprias.
Por consequência, acrescentou a instituição, "as restrições suplementares criadas durante o covid vão acabar" a 30 de junho, conforme tinha sido anunciado no final de março.
A Fed tinha imposto estas restrições há um ano, invocando então a necessidade de conservar capital durante a crise. Na altura, interditou a estes grandes bancos que realizassem programas de compras de ações e limitou os pagamentos de dividendos aos acionistas.
Esta medida deveria ter acabado no final de dezembro de 2020. Ela tinha sido aliviada, mas prolongada, primeiro até 31 de março, depois até ao fim de junho.
"Durante o último ano, a Reserva Federal efetuou três testes de resistência, com várias recessões hipotéticas, e todos confirmaram que o sistema bancário está solidamente posicionado para apoiar a recuperação económica do país", assegurou o vice-presidente encarregado da supervisão destes testes, Randal Quarles, citado no comunicado.
Os testes de resistência tinham sido criados pela lei Dodd-Frank, depois da crise financeira de 2008. Até à crise provocada pela pandemia do novo coronavirus, eram realizados uma vez por ano. E o anúncio agora feito assinala uma forma de normalização, depois desta crise, que paralisou a economia dos EUA e a mundial.
Os testes avaliam a resiliência dos grandes bancos, estimando as suas perdas, as suas receitas ou ainda os seus níveis de fundos próprios, que fornecem uma proteção contra as perdas em condições hipotéticas, para um período de nove trimestres. Para estes testes, a Fed tomou como base uma grave recessão mundial conjugada com tensões importantes no mercado imobiliário comercial e da dívida empresarial.
Neste cenário, a taxa de desemprego aumentava quatro pontos percentuais para atingir um pico superior a 10%, enquanto a Fed prevê uma taxa de desemprego de 4,5% no final de 2021. O produto interno bruto caía 4% entre o quarto trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2022 e os preços dos ativos baixavam fortemente, "com uma baixa de 55% das cotações das ações".
Com base nestes elementos catastróficos, "os 23 grandes bancos perderiam coletivamente mais de 470 mil milhões de dólares, dos quais cerca de 160 mil milhões ligados ao imobiliário e aos empréstimos às empresas", detalhou a instituição. "Entretanto, os seus rácios de capital cairiam para 10,56%", o que continuava a ser mais do dobro da taxa mínima requerida.