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Granadeiro contradiz Zeinal Bava

Henrique Granadeiro contradiz Zeinal Bava nas datas da passagem da gestão de tesouraria no universo PT e considera que a "originalidade" da liderança a quatro mãos na PT, entre Zeinal Bava e o próprio, pode ter sido a "causa de equívocos e de elevados prejuízos para accionistas da PT".

Pedro Elias/Jornal de Negócios
04 de Março de 2015 às 17:32
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O ex-presidente da PT, Henrique Granadeiro, considera que a "originalidade " da liderança da PT ter sido partilhada pelo próprio e por Zeinal Bava, pode ter estado na "causa de equívocos e de elevados prejuízos para os accionistas da PT".  O gestor, que está a ser ouvido na comissão de inquérito do caso BES referia-se a 2013, data em que Zeinal Bava acumulava cargos na Oi e na PT Portugal.

 

Durante meia hora o gestor relatou as datas, momentos e factos que considera relevantes para contribuir para o esclarecimento da verdade, disse. Acrescentando que "queria deixar claro que o faço sob juramento, no sentido que têm para mim as minhas convicções religiosas".

 

As informações dadas por Granadeiro  contradizem as de Zeinal Bava, ouvido na semana passada. Henrique Granadeiro disse que  a Oi passou a gerir a tesouraria da PT Portugal a 10 de Abril de 2014, antes da última renovação do papel comercial do GES (a linha que acabou por não ser reembolsada). 

 

De acordo com as declarações de Zeinal Bava a reestruturação da gestão de tesouraria  só aconteceu a 5 de Maio. 

 

Tal  como Zeinal Bava fez na semana passada, Henrique Granadeiro defende na comissão de inquérito  gestão do BES e do GES que "nunca foram formuladas quaisquer reservas ou ênfases a respeito das aplicações das disponibilidades de tesouraria". "Nunca a comissão de auditoria, os auditores externos ou o revisor oficial de contas da sociedade apresentaram quaisquer reservas sobre a informação financeira prestada pela sociedade".

 

O gestor acrescentou ainda que todas as contas tinham o parecer da comissão de auditoria e dos reguladores, quer do português quer do norte-americana. Por isso, "As aplicações de tesouraria não foram nem poderiam ter sido ocultadas dos diversos órgãos internos e externos da sociedade".

 

Granadeiro disse ainda que não foram apenas as administrações que liderou (desde 2006) a subscrever aplicações de  curto prazo. "Desde 2001, tratando-se de aplicações de curto prazo, renovando-se em média a cada 90 dias, verificaram-se mais de 40 renovações decididas por diversas administrações", comentou, acrescentando que estavam inscritas nos relatórios e apresentação de contas trimestrais. 

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