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Governador admite que resolução do Banif foi estudada em 2012

"Qualquer uma das opções – resolução ou liquidação – teria efeitos devastadores para a estabilidade do sistema financeiro nacional". Seguiu-se a injecção estatal em 2013. Em 2015, veio a resolução.

Miguel Baltazar
05 de Abril de 2016 às 15:50
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O governador do Banco de Portugal admite que a aplicação de uma medida de resolução ao Banif foi uma hipótese que esteve em cima da mesa em 2012.

 

Na audição parlamentar desta terça-feira, 5 de Abril, na comissão de inquérito ao Banif, Carlos Costa disse que o Banif apresentava uma "deterioração da situação financeira" e que tal obrigava a uma intervenção.

 

Havia, em 2012, após a entrada da troika em Portugal, três medidas a estudar: recapitalização com recurso a fundos públicos, liquidação e resolução.

 

A liquidação de bancos é sempre evitada, tendo em conta os custos estimados. A resolução nunca tinha sido feita em Portugal naquela altura e o regulador acreditava que havia um "risco de litigância" elevado.

 

"Qualquer uma das opções – resolução ou liquidação – teria efeitos devastadores para a estabilidade do sistema financeiro nacional", comentou o governador aos deputados, adiantando que estava em curso o "ajustamento da economia portuguesa".

 

A hipótese foi o recurso a dinheiro público, com a injecção de 1,1 mil milhões de euros estatais, que permitiam compensar as obrigações emitidas pelo banco fundado por Horácio Roque que estavam garantidas pelo Estado português.

 

Carlos Costa quis frisar, contudo, que foi o Banif que optou "pelo acesso à linha de capitalização pública".

 

Embora tenha recebido o dinheiro (1,1 mil milhões de euros), o banco acabou por ser alvo de uma medida de resolução no final de 2015.

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