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Gaspar assegura que Banif foi tema de três visitas da troika
O ex-ministro das Finanças garante aos deputados da comissão de inquérito que as três instituições da troika mantiveram um olhar atento ao Banif.
A troika esteve bastante atenta ao Banif mas não impediu a sua queda, quando já não estava no país. A garantia é dada pelo ministro das Finanças que ocupou o cargo entre Junho de 2011 e Junho de 2013.
"O tema Banif foi um dos aspectos centrais nos, quinto e sexto, exames regulares do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro", escreve Vítor Gaspar na resposta, por escrito, que enviou à comissão parlamentar de inquérito ao banco fundado por Horácio Roque.
Em especial, a sexta visita ao país teve a instituição financeira como peça central. O acompanhamento da troika (que junta a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu) ocorreu, em especial, até à injecção de 1,1 mil milhões de euros no Banif em Janeiro 2013.
"Confirmo que as equipas da troika deram o seu acordo relativamente a utilização da Linha de Recapitalização (Bank Solvency Support Facility)", indica Gaspar, acrescentando que a instituição financeira "foi alvo de atenção particularmente próxima nomeadamente porque se encontrou numa situação vulnerável, em matéria de capital e liquidez, desde o início de 2012".
Aliás, um dos problemas do Banif foi criado no âmbito do auxílio da troika, já que foram aumentadas as exigências de capital, com um rácio mínimo de Core Tier 1 (melhor capital do banco), que o banco não cumpria desde 2011.