Recomendação ao Governo para promover medidas de promoção da literacia financeira dos portugueses e a alteração ao sistema de acesso aos serviços mínimos bancários foram duas das propostas que levaram a assinatura de Paulo Mota Pinto e que foram discutidas no Parlamento, na anterior legislatura, em que o País estava a ser governado por José Sócrates.

O "seu" PSD só chegaria ao Governo, coligado com o CDS, em Junho de 2011, mas Paulo Mota Pinto manteve-se como deputado.

E nesse papel, houve, já nesta legislatura, outros diplomas ligados ao sistema financeiro que levaram a sua assinatura, sendo o principal o que regula a concessão de crédito à habitação de deficientes, um projecto de Lei que entrou este ano e que está ainda em discussão parlamentar.

Mas não é pela sua actividade parlamentar que Paulo Mota Pinto acaba por ser mais reconhecido. É mais a sua relação partidária ao PSD, além do seu trabalho como jurisconsulto. Nas empresas Paulo Mota Pinto também esteve como administrador não executivo na Zon, tendo passado na empresa resultante da fusão com a Optimus a presidente do Conselho Fiscal.

Paulo Mota Pinto tem 47 anos. Fará 48 em Novembro. Se for o escolhido para "chairman", o Banco Espírito Santo terá um presidente do Conselho de Administração mais novo que o presidente executivo (se Morais Pires se confirmar como presidente executivo).

Filho do ex-primeiro-ministro Carlos Mota Pinto, Paulo licenciou-se em Direito. 

Foi mandatário nacional da candidatura de Manuela Ferreira Leite à liderança do PSD em 2008, tendo contribuído para o programa eleitoral do PSD de 2009 "Compromisso de Verdade".

Considera-se professor universitário, tendo já sido juiz do Tribunal Constitucional de 1998 a 2007.