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Fundo soberano da Noruega torna-se segundo maior accionista do Bankia

Na semana em que o Estado espanhol alienou 7% do banco nacionalizado durante a crise, soube-se que o fundo soberano norueguês detém uma posição superior a 3% na instituição.

14 de Dezembro de 2017 às 11:00
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O Norges Bank, que gere o fundo soberano da Noruega - o maior do mundo - tornou-se no segundo maior accionista do banco espanhol Bankia, o que coincide com a nova venda por parte do Governo de Madrid de uma participação do banco nacionalizado.

Segundo o jornal espanhol Expansión, entre participações directas ou através de instrumentos financeiros, o Norges Bank passou a deter 3,261%, a segunda maior participação a seguir à do fundo estatal FROB (Fundo de Reestruturação Ordenada da Banca) -  que é agora de 60,63%.

No total, nas mãos do banco público norueguês estão 93,3 milhões de títulos do banco espanhol, uma participação avaliada em 381,6 milhões de euros de acordo com a actual cotação.

O Estado espanhol vendeu na segunda-feira passada mais uma fatia do Bankia - de 7%, por 818 milhões de euros -, sendo assim a segunda vez em quase quatro anos que o erário público se desfaz de parte do banco nacionalizado durante a crise.

O FROB controla desde Maio de 2012 a totalidade do capital do Banco Financiero y de Ahorros (BFA), que por seu lado tem agora nas mãos 60,63% do Bankia.
 
Em Fevereiro de 2014, quando levou ao mercado uma fatia de 7,5% da instituição - na primeira venda a privados -, o FROB encaixou 1.304 milhões de euros.

Segundo o Cinco Días, o Estado pretende recuperar os cerca de 24.000 milhões de euros que colocou naquele banco e no Banco Mare Nostrum (BMN) na altura da nacionalização, mas até ao momento só recebeu 1.838 milhões (venda da participação em 2014 mais dividendos relativos aos últimos três anos).

Juntando o produto da colocação dos 7% do Bankia, 818 milhões de euros, o valor total recuperado ascenderá a mais de 2.600 milhões de euros, pouco acima de 10% do valor colocado no Bankia e no BMN.

Até ao final do ano passado, dos 54.353 milhões de euros de ajudas a que o sector bancário espanhol recorreu desde 2009, o Estado só recuperou 3.873 milhões e o valor potencial de recuperação total estava em 14.275 milhões de euros.

Ou seja, segundo os dados do Banco de Espanha, os contribuintes do país vizinho arriscavam-se a ver dados como perdidos 40.078 milhões de euros.
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