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Fundo soberano da Noruega pode separar-se do banco central

Uma comissão nomeada pelo Governo de Olso propõe que o maior fundo do mundo se transforme numa entidade independente. O fundo soberano tem investimentos em 20 cotadas portuguesas.

9º Noruega
23 de Junho de 2017 às 13:23
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O fundo soberano da Noruega pode vir a ser separado do banco central. Esta é a proposta de uma comissão indicada pelo Governo de Oslo, avança a agência Reuters esta sexta-feira, 23 de Junho.

Este é o maior fundo soberano do mundo e é aqui que o Governo norueguês deposita os lucros da produção do petróleo. Como o petróleo não vai durar para sempre, o objectivo é poupar para as próximas gerações.

O fundo soberano da Noruega está avaliado em 860 mil milhões de euros e lucrou 32,5 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, no que foi o terceiro melhor trimestre do fundo desde o seu lançamento em 1996.

O fundo está presente em 20 cotadas portuguesas. Os maiores investimentos estão na EDP e na Galp, com 1,9 mil milhões e 1,2 mil milhões de coroas noruguesas respectivamente. Mas em percentagem de capital, as cotadas onde o fundo tem maior peso são os CTT (3,71%) e a Ibersol (3,68%).

Das 20 cotadas onde o fundo soberano investe, sete observaram aumentos nos volumes investidos: BPI, EDP, Galp, Ibersol, Jerónimo Martins, REN e Semapa. Entre as reduções no investimento destaca-se a Mota-Engil, cujo volume caiu quase para metade (7,9 milhões de coroas, contra 14 milhões), segundo dados pelo Norges Bank em Fevereiro.


A recomendação da comissão vai no sentido de transformar o fundo soberano numa entidade independente. O parecer vai ser agora examinado pelos partidos políticos, que esperam pelas conclusões do relatório para decidir sobre eventuais novos investimentos do fundo. O fundo tem investido principalmente em acções, dívida e no mercado imobiliário e procura agora começar a investir em infra-estruturas.
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