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Fosun e BCP. Como entraram os chineses no banco e o que pode implicar a sua saída?
A Fosun entrou no capital do BCP em 2016 e chegou a deter uma participação de cerca de 30%. No entanto, em 2022, iniciou uma operação de venda de ativos e, em janeiro deste ano, vendia 5,6%, ficando com uma participação de 20%. O movimento de alienações da Fosun ainda decorre e, agora, há sinais de que essa posição pode também ter os dias contados.
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23 de Março de 2024 às 10:00
Foi em 2016 que a Fosun entrou no capital do BCP e logo para ser o maior acionista. Nesse momento, desembolsou 175 milhões de euros para ter uma participação de quase 17%, que seria reforçada aos poucos, nos anos seguintes, até chegar perto de 30%.
A operação fez parte de uma estratégia de internacionalização do conglomerado chinês, incluindo uma incursão no mercado nacional que já a tinha deixado no controlo da Fidelidade e da Luz Saúde.
A companhia, que atua em setores diversos incluindo o comércio, a indústria e a área financeira, entraria também no capital da REN.
No total gastou, a partir de 2016, mais de 500 milhões de euros para ter aquela posição na estrutura acionista do BCP que contava também com a Sonangol, a EDP e a BlackRock. Estas duas deixariam mais tarde de ter participações relevantes.
A posição estabilizou durante alguns anos mas, em 2022, o gigante, afogado numa dívida que atingia 36 mil milhões de euros, iniciou uma operação de venda de ativos para reequilibrar as contas, aumentar a liquidez e facilitar o acesso a financiamento.
Em janeiro de 2024, a Fosun vendia 5,6% e fazia saber que já antes tinha desinvestido no banco, ficando com uma participação de 20%.
O movimento de alienações da Fosun ainda decorre e, agora, há sinais de que essa posição pode também ter os dias contados. A Reuters deu conta de que haveria contactos incluindo com dois bancos espanhóis já presentes em Portugal —o BBVA e o Caixabank, dono do BPI.
A companhia desmentiu que vá vender a participação a estas instituições, mas nada disse sobre possíveis alienações a outros compradores.
A verificar-se, a operação pode acabar por ter outros efeitos. Desde logo no próprio BCP, porque é preciso saber quem entra para o lugar da Fosun, o que acontece à posição da Sonangol e quanto capital fica em "free float". E no restante sistema, porque é preciso não esquecer que existe outra instituição à procura de comprador: o Novo Banco.
A operação fez parte de uma estratégia de internacionalização do conglomerado chinês, incluindo uma incursão no mercado nacional que já a tinha deixado no controlo da Fidelidade e da Luz Saúde.
No total gastou, a partir de 2016, mais de 500 milhões de euros para ter aquela posição na estrutura acionista do BCP que contava também com a Sonangol, a EDP e a BlackRock. Estas duas deixariam mais tarde de ter participações relevantes.
A posição estabilizou durante alguns anos mas, em 2022, o gigante, afogado numa dívida que atingia 36 mil milhões de euros, iniciou uma operação de venda de ativos para reequilibrar as contas, aumentar a liquidez e facilitar o acesso a financiamento.
Em janeiro de 2024, a Fosun vendia 5,6% e fazia saber que já antes tinha desinvestido no banco, ficando com uma participação de 20%.
O movimento de alienações da Fosun ainda decorre e, agora, há sinais de que essa posição pode também ter os dias contados. A Reuters deu conta de que haveria contactos incluindo com dois bancos espanhóis já presentes em Portugal —o BBVA e o Caixabank, dono do BPI.
A companhia desmentiu que vá vender a participação a estas instituições, mas nada disse sobre possíveis alienações a outros compradores.
A verificar-se, a operação pode acabar por ter outros efeitos. Desde logo no próprio BCP, porque é preciso saber quem entra para o lugar da Fosun, o que acontece à posição da Sonangol e quanto capital fica em "free float". E no restante sistema, porque é preciso não esquecer que existe outra instituição à procura de comprador: o Novo Banco.