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Fosun pondera sair do capital do BCP

Depois de ter alienado 5,6% em janeiro, o acionista chinês ficou com cerca de 20% do capital. Instituições financeiras espanholas estarão entre os potenciais compradores, escreve a Reuters. BCP e Fosun não comentam.

Guo Guangchang é o “chairman” da Fosun, que tem participações no BCP, Fidelidade, REN e Luz Saúde.
Bobby Yip/Reuters
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A Fosun estará aberta a vender a participação que ainda tem no BCP, escreve a Reuters, que cita fontes conhecedoras do assunto.

Em janeiro, o conglomerado chinês alienou 5,6% do capital que detinha na instituição financeira portuguesa, reduzindo a participação a cerca de 20%. O valor total da operação atingiu aproximadamente 235 milhões de euros.

Nesse momento, o grupo chinês assegurou ao Negócios que continuaria "a apoiar o desenvolvimento do BCP", afirmando que continuava "muito otimista em relação aos mercados estrangeiros, incluindo Portugal e que a decisão não devia ser "interpretada como um sinal de que a Fosun deixou de estar otimista em relação ao mercado português sob quaisquer circunstâncias".

Agora, preferiu não comentar. O banco também não quis reagir.

No entanto, segundo a Reuters, estará disponível para vender a participação restante, avaliada em cerca de 836 milhões de euros. A possibilidade verifica-se porque a Fosun ainda está pressionada pela dívida, procurando um "comprador estratégico".

A agência de notícias escreve mesmo que os espanhóis BBVA e CaixaBank foram sondados, sendo que o CaixaBank, que controla o BPI, terá indicado que tem pouco interesse na aquisição, indicou outra fonte.

A Fosun é o maior acionista individual da instituição financeira liderada por Miguel Maya, seguida pela petrolífera estatal angolana Sonangol com 19,49%.

As ações do BCP dispararam 6% na sessão desta segunda-feira para 0,2931 euros cada, depois de os analistas do Deutsche Bank terem indicado acreditar que "é muito provável que a Fosun continue a reduzir a sua participação" no BCP a partir do dia 22 de março, data em que termina o período de diferimento de 60 dias em que a multinacional chinesa não pode vender as restantes ações. Face a esta valorização, o banco conta com uma capitalização de 4,43 mil milhões de euros.

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