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Febase deixa negociações com banca sobre aumentos e ameaça com greve

Os bancos não vão além da actualização salarial de 0,75%, o que fica aquém dos 1,25% propostos pelos sindicatos da Febase. Com um impasse que dura há meses, a federação equaciona a paralisação.

Rui Riso preside ao Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, um dos que pertence à Febase. Bruno Simão
08 de Outubro de 2018 às 15:37
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A Febase suspendeu as negociações com a banca no que diz respeito à actualização salarial. A federação de sindicatos ligados à UGT sublinha que o sector está "irredutível" na sua proposta, considerada insuficiente.

 

Segundo uma nota colocada no site do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (uma das forças que integra a Febase), houve uma reunião a 28 de Setembro em que o grupo negociador da banca manteve a proposta que apresentou no encontro que se realizara dez dias antes e que os sindicatos da Febase recusaram.

 

Em causa está, propõe a banca, um aumento das tabelas salariais de 0,75%, sendo que sugere ainda uma subida de 0,25% através de subsídios.


Como deixa claro a Febase na sua nota, o seu objectivo - a que os empregadores não vão ao encontro - é de uma actualização das tabelas em 1,25%, acrescida do aumento do subsídio de almoço para 9,5 euros e ainda de um subsídio de natalidade de 750 euros.

 

"Na reunião negocial de 28 de Setembro, o grupo negociador da banca manteve a sua posição, dizendo não ter condições para ir além do proposto, devido ao impacto que o aumento teria nos fundos de pensões", justifica o comunicado da Febase, que recusa essa ideia, já que diz que os trabalhadores foram "empurrados" pelos bancos para a reforma.

 

"Face à irredutibilidade da banca, a Febase decidiu suspender as negociações e reunir de imediato um grupo de trabalho, com vista à tomada de posteriores posições, cujo corolário poderá ser a paralisação do sector", ameaça a federação sindical.

 

Esta não é a primeira vez que há esta ameaça de greve (já tinha havido em Junho), mas as negociações não tinham ainda sido suspensas. Isto num ano em que a negociação começou com os sindicatos da Febase a pedirem aumentos de 3% - justificados pela inflação e pela melhoria económica– e os bancos a apresentarem uma proposta de 0,4%. 

 

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