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ESFG “adia” assembleia geral e faz provisão “especial” de 700 milhões

O Espírito Santo Financial Group vai constituir uma provisão de 700 milhões por causa do papel comercial emitido por empresas da área não financeira que foi vendido aos balcões do BES. Uma almofada criada por imposição do Banco de Portugal. Atraso nas contas da “holding” vai implicar marcação de nova data para assembleia-geral de aprovação do relatório do ESFG relativo a 2013.

Reuters
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Os resultados do ESFG relativos a 2013 vão “incluir uma provisão especial de 700 milhões de euros, decidida pela gestão para fazer face a riscos potenciais associados com a sua exposição às actividades não financeiras do Grupo Espírito Santo”, informou a “holding” financeira do grupo em comunicado publicado esta terça-feira, 25 de Março, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A estrutura de topo do braço não financeiro do GES informa ainda que “a próxima assembleia-geral anual, agendada para 25 de Abril, não se destinará à aprovação das contas anuais auditadas do ESFG” relativas a 31 de Dezembro de 2013. “Essa aprovação será adiada para uma data não posterior a 31 de Maio”, anuncia a “holding” no mesmo comunicado.

 

Provisão foi imposta pelo Banco de Portugal

 

A constituição da provisão de 700 milhões pelo ESFG destina-se a responder às preocupações do Banco de Portugal com o risco de várias empresas da área não financeira do GES, designadamente a Espírito Santo International, não terem capacidade de reembolsar a totalidade dos 1.700 milhões de euros de papel comercial colocado junto de clientes do BES.

 

Do valor total daquelas emissões, 1.000 milhões foram já devolvidos aos clientes entre Dezembro de 2013 e o final de Março. Os 700 milhões por reembolsar correspondem ao valor da provisão a constituir pela “holding” financeira do GES e visam garantir a liquidação destas emissões. Até Julho, as empresas da área não financeira do GES pretendem liquidar mais 340 milhões destes títulos de financiamento de curto prazo.

 

Para gerar fundos, que permitam reembolsar os 700 milhões remanescentes, o braço não financeiro do GES tem em curso um plano de desalavancagem e venda de activos, que já levou à venda de participações na Zon, Cimigest e Sodim (“holdings” de controlo do grupo Semapa) e à abertura de capital da Espírito Santo Saúde.

 

Este processo visa ainda reforçar a solidez do braço não financeiro do GES, para não contagiar o BES, que financia algumas empresas do grupo. Com o mesmo objectivo, estão a ser equacionadas medidas de capitalização e obtenção de financiamento de médio e longo prazo ao nível da Rio Forte, “holding” que tradicionalmente agrega a área não financeira do GES.

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