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Escritório fantasma do Lehman Brothers vai ficar vazio quase 12 anos depois da falência
O Lehman Brothers está, finalmente, a abandonar a Canary Wharf, em Londres, quase 12 anos depois do seu colapso.
O braço europeu do Lehman Brothers, que tem estado nas mãos dos administradores de insolvência desde setembro de 2008, já só ocupa uma esquina num dos pisos do Ciotigroup na praça Canadá, no distrito financeiro londrino. É aqui que estão os administradores da PwC a gerir as últimas queixas dos credores. E os consultores já anunciaram que vão deixar o escritório em junho de 2020.
A saída é um "marco importante" no processo de fecho do legado do Lehman Brothers, revelou Russell Downs, administrador da PwC.
São menos de 20 pessoas da PwC que estão a trabalhar para concluir os processos que restam do Lehman Brothers International Europe, o que compara com cerca de 750 pessoas que estiveram a trabalhar neste caso nos primeiros anos depois da crise financeira. Estão a aguardar pelo desfecho de alguns casos judiciais que decorrem em tribunais no Reino Unido, EUA e Alemanha para libertar os últimos ativos.
Segundo as últimas atualizações, os credores da unidade europeia receberam 26,4 mil milhões de libras e muitos foram reembolsados com juros. Já o banco americano continua a fazer pagamentos aos seus credores.
O declínio do Lehman Brothers criou uma série de questões legais, incluindo uma decisão proferida este ano pelo Supremo Tribunal do Reino Unido de uma fatura fiscal de quase mil milhões de libras sobre o inesperado saldo positivo do Lehman Brothers.
A sede anterior do Lehman Brothers europeu ocupava uma torre, que atualmente é a casa do JPMorgan.