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Empresa que ficou com ativos do Banif paga mais 24,7 milhões do empréstimo
Com este novo reembolso, a Oitante acumula, em quatro anos, um total de amortizações de 546,5 milhões de euros, o que representa uma redução de 73,3% dos 746 milhões de euros inicialmente recebidos, no âmbito da resolução do Banif.
A Oitante, o veículo que herdou os ativos do Banif que o Santander Totta não quis, pagou mais 24,7 milhões de euros do empréstimo obrigacionista recebido em 2015, indica a entidade num comunicado enviado esta quarta-feira, 8 de janeiro.
Já no total de 2019, os pagamentos foram de 185,5 milhões de euros. "Com este novo reembolso acumula, em quatro anos, um total de amortizações de 546,5 milhões de euros, o que representa uma redução de 73,3%" relativamente ao seu empréstimo obrigacionista de 746 milhões de euros contraído aquando da sua constituição, por força da resolução do Banif, afirma a Oitante.
"Este resultado reflete o trabalho realizado pela sociedade com vista à prossecução do objetivo com que foi criada, a maximização do valor dos seus ativos para posterior alienação", refere a empresa liderada por Miguel Barbosa.
A sociedade-veículo Oitante foi criada pelo Banco de Portugal, em dezembro de 2015, no âmbito da resolução do Banif, gerindo os ativos que pertenciam ao Banif e que o Santander Totta não quis comprar e que podem, eventualmente, ser recuperados (imóveis com imparidade, crédito malparado, participações financeiras em empresas com atividade deficitária ou em processo de venda).
A emissão obrigacionista tem o seu vencimento em dezembro de 2025, mas a Oitante já indicou querer antecipar o pagamento da dívida até 2021.
A entidade criada para gerir ativos do ex-Banif que o Santander Totta não quis lucrou 33,2 milhões de euros em 2018, um aumento de 10% face aos 30,1 milhões de 2017. Sobre os resultados referentes a 2019, a empresa informa ainda que apresentará "em breve" as contas, indicando que estas "irão refletir a performance positiva da sociedade".