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Oitante falha meta para venda de imóveis em 2018

O relatório da Conta Geral do Estado de 2018 indica que a empresa liderada por Miguel Artiaga Barbosa "não atingiu" o objetivo para a venda de imóveis no ano passado. Já a Oitante garante ter cumprido perto de 80% do que estava previsto.

02 de Julho de 2019 às 20:08
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A Oitante, o veículo que herdou os ativos do Banif que o Santander Totta não quis, não cumpriu o objetivo de venda de ativos imobiliários definido para o ano passado. A conclusão consta do relatório da Conta Geral do Estado de 2018, divulgado esta terça-feira. 

"Não foi atingido o montante do objetivo estabelecido referente a desinvestimento de ativos imobiliários" por parte da empresa liderada por Miguel Artiaga Barbosa, refere o documento, sem detalhar qual a meta anual definida. Isto "na sequência de contrato de prestação de serviços com uma entidade — Altamira — para as áreas da gestão de ativos imobiliários e de recuperação de crédito em incumprimento", acrescenta. 

Contactada pelo Negócios, a empresa não adiantou qual foi o objetivo que a Conta Geral do Estado de 2018 diz não ter sido alcançado. Fonte da Oitante explica, contudo, que a "informação que foi prestada respeita apenas aos ativos detidos diretamente pela Oitante, com características e necessidades muito particulares, não agregando informação consolidada do universo Oitante (Oitante, Banif Imobiliária e Fundos Imobiliários), onde o grau de cumprimento de objetivos, em termos globais, atingiu cerca de 80%".

A empresa refere ainda que "os objetivos definidos inicialmente foram ambiciosos para uma mudança de paradigma". A expectativa, continua, é de "que a Altamira possa vir a recuperar rapidamente o desinvestimento de ativos imobiliários que não foram atingidos em 2018".

A Oitante assinou um contrato com a gestora espanhola de fundos Altamira, no final de 2017, para gerir uma carteira de imóveis de cerca de mil milhões de euros. Isto além de um portefólio de crédito malparado. Este contrato permitiu à empresa acelerar as vendas dos ativos herdados do Banif.

No final do ano passado, a entidade acabou por concluir a venda da antiga sede do Banif na Avenida José Malhoa por 24 milhões. Saiu também do mercado espanhol depois de vender a imobiliária Vegas Altas e uma participação de 33% no banco de retalho Banca Pueyo.

Como já assumiu o seu presidente, a Oitante espera amortizar até 2021 a totalidade dos 746 milhões em obrigações emitidas em 2015 para financiar a queda do Banif.

A Oitante foi criada no final de 2015 (inicialmente designada de Naviget), para ficar com os despojos do Banif que o Santander Totta não quis adquirir e que poderia ser alvo de recuperação. Os ativos são sobretudo imóveis com imparidades associadas , mas também créditos na sua maioria em incumprimento. O objetivo é conseguir preparar as condições para alienar ou liquidar aqueles ativos.

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