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Wall Street no verde com receios de tarifas a recuarem. Tecnológicas dão ímpeto

Os três principais índices do lado de lá do Atlântico reagiram em alta às contas das empresas de tecnologia e deixaram de lado a retaliação da China contra as tarifas dos EUA.

Andrew Kelly / Reuters
04 de Fevereiro de 2025 às 21:13
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As principais bolsas em Wall Street terminaram uma sessão marcada por volatilidade em alta, com os investidores a moverem as negociações em torno dos resultados das grandes tecnológicas, que se esperam positivos. As previsões de receitas positivas de gigantes como a Palantir Technologies e a Infineon Technologies também reforçaram o sentimento otimista dos mercados financeiros. 

Esta subida acontece depois uma queda alimentada por incertezas sobre uma nova guerra comercial despoletada pelos EUA, com a imposição de tarifas e o adiamento das mesmas - exceto à China, que entraram hoje em vigor taxas de 10% em produtos importados. 

O dia ficou marcado pela retaliação de Pequim à "sanção" de Donald Trump: a China optou por impor tarifas aos produtos norte-americanos importados, mas mais restritias. Por exemplo, 10% a carvão e gás natural e 15% ao petróleo bruto e equipamentos agrícolas. As medidas devem entrar em vigor no início da próxima semana e, para os analistas, deixaram claro que Xi Jinping está a adotar uma abordagem mais cautelosa face ao primeiro mandato de Donald Trump na Casa Branca.

"O nervosismo do mercado a curto-prazo revelou-se uma boa oportunidade de compra também a curto-prazo", disse Craig Johnson, da Piper Sandler, à Bloomberg. Álias, o mercado acredita mesmo que o impacto final das tarifas possa ser menos "pesado" do que o esperado.

Também o último relatório da criação de novos postos de trabalho nos EUA revelou um abrandamento gradual no mercado laboral. Para Krishna Guha, da Evercore, os dados atenuam os riscos do relatório de emprego de sexta-feira, de uma forma que é "útil" para a Reserva Federal e os cortes de juros - e, consequentemente, para os mercados.

O S&P 500 fechou em alta de 0,72% nos 6.037,87 pontos, enquanto o Dow Jones avançou 0,3% para 44.556,04 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite foi o grande vencedor, ao subir 1,35% para 19.654,02 pontos, à boleia dos resultados das tecnológicas.

O foco do mercado está agora nos resultados do último trimestre divulgados após o fecho dos mercados da dona da Google, a Alphabet, que enfrenta uma investigação da China, por alegadamente violar as leis "antitrust". Tendo em conta que os serviços de pesquisa da empresa não estão disponíveis na China desde 2010, as ações subiram quase 3%. 

Embora a casa-mãe da Google tenha estado a negociar perto de níveis recorde, os analistas dizem que ainda negoceia como "uma pechincha", especialmente entre as "megacaps" que lideram a corrida à inteligência artificial - o motor que elevou os mercados durante dois anos.

Noutras movimentações de mercado, a Meta Platforms subiu pela 12.ª sessão consecutiva - a mais longa série de vitórias de sempre. Já a Palantir subiu 24%, a Super Micro Computer saltou 8,7% e, em contracilco, a Merck & Co afundou 10%, isto depois de suspender as vendas para a China da sua vacina Gardasil.

No retalho, a Estée Lauder mergulhou 16% depois de apresentar uma previsão de receitas que dececionou os analistas. A empresa também anunciou cortes nos postos de trabalho.

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