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Oitante lucra 34,5 milhões em 2019. Já pagou 73,3% do empréstimo

O veículo criado para ficar com os ativos do Banif que o Santander Totta não quis avançou com um reembolso da dívida de 185,5 milhões no ano passado, reduzindo-a em 48,2% face a 2018.

Rita Atalaia ritaatalaia@negocios.pt 29 de Junho de 2020 às 14:53
A Oitante registou um resultado positivo de 34,5 milhões de euros em 2019, o que representa um aumento de 3,9% face ao ano anterior. Isto num período em que a sociedade criada para gerir ativos do ex-Banif reembolsou 185,5 milhões da sua dívida. 

"A Oitante, durante o exercício de 2019, conseguiu fazer o maior reembolso de dívida desde a sua criação, no montante de 185,5 milhões de euros, reduzindo em 48,2% a sua dívida relativamente ao ano de 2018, bem como atingindo uma amortização acumulada de 73,3% face ao montante da dívida inicial", refere a entiadade num comunicado. 

"O ano de 2019 foi para a Oitante mais um ano focado na permanente busca de medidas que permitam assegurar a maximização do desinvestimento dos seus ativos e simultaneamente minimizar os riscos associados para a sociedade", afirma o veículo liderado por Miguel Artiaga Barbosa. 

A Oitante adianta ainda que, com base nos resultados alcançados, "o capital próprio aumentou 44,1% relativamente ao ano anterior, tendo alcançado o montante total de 113,4 milhões de euros".

Já o
 processo de alienação de ativos imobiliários "atingiu o valor mais alto desde a criação da sociedade, alcançando o montante de 199 milhões de euros, dos quais 71 milhões de euros de ativos diretamente detidos, 14 milhões de ativos da Banif Imobiliária e 114 milhões de euros dos fundos imobiliários", afirma. 

Quanto à carteira de crédito, esta registou uma diminuição face à exposição bruta total em 51,8 milhões de euros. Houve ainda reduções de capital dos fundos de reestruturação no montante de 7,7 milhões de euros, acrescenta a entidade.

No final de 2019, a Oitante contava com 54 colaboradores, o que representa uma redução de 21 funcionários face ao período homólogo. "Este ajustamento foi concretizado por via do Mútuo Acordo na revogação do Contrato de Trabalho", indica o veículo criado para gerir os ativos do Banif que o Santander Totta não quis. 

A sociedade-veículo Oitante foi criada pelo Banco de Portugal, em dezembro de 2015, no âmbito da resolução do Banif, gerindo os ativos que pertenciam ao Banif e que o Santander Totta não quis comprar e que podem, eventualmente, ser recuperados (imóveis com imparidade, crédito malparado, participações financeiras em empresas com atividade deficitária ou em processo de venda).

No âmbito da resolução, a Oitante emitiu obrigações de 746 milhões de euros para pagar os ativos do Banif que herdou. Essa emissão foi garantida pelo Fundo de Resolução e contragarantida pelo Estado. Foi assim que esta entidade, inicialmente denominada Naviget, ficou com imóveis, carteira de crédito malparado e instituições para venda, como o Banif - Banco de Investimento.

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