Notícia
Empresa em incumprimento com o BCP reduz posição na Pharol para menos de 2%
A High Bridge deixou de ter uma participação qualificada no capital da Pharol.
O BCP revelou que vendeu mais uma porção de ações que eram detidas pela High Bridge, que entrou em incumprimento com o banco liderado por Miguel Maya, tendo as ações ficado "à guarda" do banco.
A High Bridge, que chegou a controlar 10% da Pharol, vê assim a sua posição diminuir para 1,95%, de acordo com o comunicado emitido esta sexta-feira, 29 de novembro, para a Comissão do mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O comunicado revela que a alienação das ações foi realizada na quinta-feira.
A High Bridge, que tem sido associada ao empresário brasileiro Nelson Tanure (na foto) – ainda que a informação nunca tenha sido confirmada - aumentou a sua posição no capital da Pharol numa altura em que o empresário estava numa guerra contra a administração da Oi, detida em parte pela Pharol. Nelson Tanure é também acionista da Oi e foi um dos opositores ao plano de recuperação da operadora brasileira, sendo um dos aliados da Pharol durante o processo.
Entretanto, em agosto, foi revelado que a empresa tinha entrado em incumprimento com o BCP, num financiamento cuja garantia eram precisamente as ações da Pharol. E o banco liderado por Miguel Maya exerceu os direitos.
Na altura, a participação da High Bridge na Pharol rondava os 10%. No dia 19 de setembro o BCP revelou, à semelhança desta sexta-feira, que a posição tinha sido reduzida para metade, passando a deter menos de 5% do capital da empresa liderada por Luís Palha da Silva.
Na semana passada, a Pharol tinha já convocado uma assembleia geral de acionistas extraordinária para dia 18 de dezembro para destituir administradores, entre os quais Nelson Tanure, que é administrador não executivo.