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EBA sugere criação de "banco mau" para o crédito malparado das instituições da UE

Segundo Klaus Regling, a nova entidade deveria ter o objectivo de adquirir até 250 mil milhões de euros de crédito malparado de bancos da UE.

Negócios 30 de Janeiro de 2017 às 17:48
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A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla original) sugeriu esta segunda-feira, 30 de Janeiro, que a União Europeia deveria criar uma entidade de gestão de activos com recursos públicos que ficasse com uma parte do crédito malparado dos bancos, avança a Reuters. Segundo o presidente do conselho de administração da EBA, Andrea Enria (na foto), encontrar uma solução para o malparado é "urgente e viável".

Num discurso realizado esta segunda-feira, no Luxemburgo, Andrea Enria explicou como é que os bancos poderiam vender parte do seu crédito malparado a esta empresa de gestão de activos "pan-europeia". Segundo o plano apresentado, os créditos seriam avaliados de acordo com o seu "valor económico real" – em vez do valor de mercado – e a empresa (uma espécie de "banco mau") teria cerca de três anos para vender esses créditos.

"Seria útil algum tipo de intervenção do estado para ajudar a iniciar este processo", disse Enria, apelando à alocação de recursos públicos para a criação de um mercado secundário para o crédito malparado, que poderia atrair capital privado.

Klaus Regling, que lidera o Mecanismo Europeu de Estabilidade, o fundo de resgate da Zona Euro, aplaudiu a proposta de Enria e confirmou a necessidade de ter apoio do Estado.

Regling afirmou ainda que a nova entidade devia ter o objectivo de adquirir até 250 mil milhões de euros de crédito malparado de bancos da UE.

De acordo com a agência noticiosa, Enria e Regling garantiram que o plano da EBA não prevê a partilha de riscos bancários entre os estados da UE, já que, se os créditos não forem vendidos e for necessária uma recapitalização, a "factura" será apenas dos credores do banco e do Estado de origem da instituição em causa.

A banca italiana tem, actualmente, cerca de 276 mil milhões de euros de crédito malparado, mais do que qualquer outro sector bancário da UE.

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