O director da faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, cujo novo espaço universitário em Carcavelos conta com o apoio do Santander Totta, subiu à administração do banco. Daniel Traça é um dos novos 15 administradores do conselho, que terá como presidente António Vieira Monteiro, e de onde sai a comissão executiva liderada por Pedro Castro e Almeida.

Foi esta quinta-feira, 13 de Dezembro, que se realizou a assembleia-geral de accionistas do Banco Santander Totta, que é controlado pela Santander Totta SGPS que, por sua vez, é a entidade detida pelo espanhol Santander. Aí, foi escolhida a nova composição da administração da instituição financeira, em que Vieira Monteiro deixa o cargo de CEO e passa a "chairman".

A administração eleita já escolheu qual será a nova comissão executiva do banco, que é o órgão responsável pela gestão quotidiana. A comissão executiva é composta apenas por nomes de dentro do banco. Pedro Castro e Almeida, cuja passagem a CEO já tinha sido noticiada, já aí estava, subindo agora a presidente executivo.

Manuel Preto, que é já o administrador financeiro, permanece na equipa, bem como Inês Oom de Sousa. Os restantes anteriores membros da comissão – que era liderada por Vieira Monteiro – saem: João Baptista Leite, José Leite Maia e Luís Bento dos Santos (a única excepção é José Carlos Sítima, que passa a não executivo).

Para os substituir, entram nomes de dentro do banco. Isabel Guerreiro, que está no Totta desde 2005, que tem estado focada na transformação digital, é uma das novas administradoras executivas. Da área de risco de crédito, Amílcar Lourenço, no banco desde 1994, também sobe à liderança executiva, ao lado de Miguel Belo de Carvalho, que tem sido já adjunto da administração desde 2013, com responsabilidade na área financeira. Belo de Carvalho esteve à frente da integração do Banif e do Popular Portugal.

Auditoria a cargo de vice-directora do ISEG

No conselho de administração, José Carlos Sítima, que estava como executivo, passa a não executivo e é mesmo um dos vice-presidentes (o outro é Castro e Almeida) do Santander Totta. 

Na administração, como não executivos, estão dois nomes ligados às universidades. Não só o director da Nova SBE (faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa), Daniel Traça, como também a vice-directora do ISEG (faculdade de Economia da Universidade de Lisboa), Ana Morais. Será Ana Morais a liderar a comissão de auditoria, que emana do conselho de administração, e que tem funções de fiscalização sobre a comissão executiva.

No "board", há um representante do accionista. O conselheiro sénior do CEO do grupo Santander, Andreu Plaza Lopez, assume o cargo de administrador do Totta. Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, mantém-se como administradora do banco, cargo que ocupa desde 2015, tal como Manuel Olazábal e Remedios Ruiz Maciá, que já integravam a equipa.

Como o Negócios noticiou, Manuela Athaíde Marques, até aqui secretária-geral da Associação Portuguesa de Bancos, também foi convidada e eleita para administradora não executiva.

"A entrada em funções dos novos membros dos órgãos sociais agora eleitos está dependente da avaliação do Banco Central Europeu, no âmbito do processo fit & proper (adequação e avaliação)", confirma o banco em comunicado. Ou seja, por enquanto, tem de continuar em funções a equipa de administração em funções. A nova estrutura só assume quando vier o ok de Frankfurt.