Notícia
Dias Loureiro “estarrecido” com arquivamento do processo do BPN
O ex-ministro criticou, em declarações ao Diário de Notícias esta quarta-feira, 5 de Abril, a opção do Ministério Público (MP), que decidiu arquivar o inquérito, mas mantendo todas as suspeitas sobre o ex-dirigente do PSD e Oliveira e Costa.
Dias Loureiro afirma estar "estarrecido e preocupado" com o despacho de arquivamento do Ministério Público (MP) no caso BPN.
Segundo o DN, o documento concluiu que "uma vez que não foi reunida prova suficiente susceptível de ser confirmada em sede de julgamento, da intenção de enriquecimento dos arguidos Dias Loureiro e Oliveira e Costa, resta-nos afastar a prática de crime de burla". Assim, segundo as autoridades, "impôs-se" a conclusão de que "não foi possível a imputação de crime de branqueamento" e por isso decidiu-se pelo arquivamento.
Dias Loureiro e Oliveira e Costa estavam indiciados pelos crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada, num processo que se arrasta há oito anos. Em causa está a "prática de factos conexos com o grupo BPN/SLN, com o negócio de venda sociedade Redal, de Marrocos, e com a aquisição de uma participação de 25% do capital da sociedade Biometrics, de Porto Rico".
No despacho, o MP salienta vários casos em que se mantêm dúvidas sobre a culpa dos arguidos, ainda que não tenha sido provada.
Dias Loureiro sublinhou que esteve "oito anos sob suspeita e tudo devido a um inquérito". "Fico estarrecido com isto. Estarrecido e preocupado", referiu. O ex-ministro recordou que durante este tempo foi assistindo a "fugas de informação sistemáticas, para agora se fazer um arquivamento com insinuações".