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Deutsche Bank confirma reforço de capital de até 10 mil milhões de euros
Emissão de novas acções e venda de activos são as formas de reforço de capital. Haverá ainda redução de custos e a fusão entre duas unidades do Deutsche Bank. Há ainda alterações na gestão do banco.
O Deutsche Bank já apresentou os planos para os próximos anos, que passam sobretudo por reforço de capital e corte de custos, depois de ter registado prejuízos nos últimos dois anos.
O banco vai mesmo avançar com um aumento de capital, noticiado ainda na sexta-feira, através da emissão de novas acções. Serão 687,5 milhões de novos títulos, através dos quais o Deutsche Bank espera encaixar até oito mil milhões de euros. "Segundo as futuras regras de capital esta operação vai permitir-nos alcançar um rácio de capital de cerca de 14% e retirar uma fonte grande de incerteza", realçou o presidente executivo do banco, John Cryan, através de uma mensagem enviada aos funcionários do banco e que foi publicada no site da instituição.
O aumento de capital deverá arrancar no dia 21 de Março, de acordo com um comunicado emitido este domingo, 5 de Março, onde o banco revela os pormenores do reforço de capital e do plano estratégico para os próximos anos. A operação deverá terminar no dia 6 de Abril.
Além deste aumento de capital, o Deutsche Bank vai ainda tentar encaixar até dois mil milhões de euros com a venda de activos, uma meta fixada para os próximos dois anos.
Já o Postbank, um activo que chegou a ser noticiado estar à venda, vai permanecer na esfera do Deutsche Bank, mas será fundido com a unidade de clientes comerciais e banca privada do banco alemão.
Além destas questões, o banco prevê que os custos ajustados desçam em cerca de três mil milhões de euros, passado de 24,1 mil milhões, em 2016, para cerca de 21 mil milhões, em 2021.
"Estou orgulhoso de que juntos tenhamos feito progressos desde o Outono de 2015 e pusemos a maior crise das últimas década para trás. Com as decisões de hoje, estamos a criar um Deutsche Bank que é mais forte e que pode seguir novamente em frente e crescer com confiança", realçou o presidente executivo na mensagem aos funcionários.
Ao mesmo tempo haverá alterações ao nível de gestão do banco. O actual presidente executivo, John Cryan, manterá as suas funções e ficará responsável pelo negócio do banco nos EUA. Em contrapartida, foram nomeados dois vice-presidentes executivos: Marcus Schenck, até agora administrador financeiro, e Christian Sewing, até agora presidente executivo da unidade alemã de banca privada e gestão de fortunas.