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Deutsche Bank afunda quase 7% após confirmação de reforço de capital
As acções do Deutsche Bank estão a afundar mais de 5%, depois de terem caído já 6,90%. Este comportamento tem lugar após o banco ter confirmado que vai realizar um reforço de capital até 10 mil milhões de euros.
As acções do germânico Deutsche Bank estão a afundar na bolsa de Frankfurt, reflectindo as notícias que o banco vai realizar um reforço de capital, que pode ir até 10 mil milhões de euros, e que deverá diluir a posição dos actuais accionistas.
Por esta altura, as acções do Deutsche Bank caem 5,83% para 18,025 euros. Porém, já recuaram 6,90% para 17,82 euros durante a sessão. Trocaram de mãos até ao momento mais de 3,9 milhões de acções. A média diária dos últimos seis meses é de 13,3 milhões de títulos.
Apesar da queda registada esta segunda-feira, 6 de Março, desde o início do ano o banco ganha 4,49%. A capitalização bolsista do banco é superior a 24,8 mil milhões de euros.
Este domingo, 5 de Março, o Deutsche Bank apresentou os planos para os próximos anos, que passam sobretudo por reforço de capital e corte de custos, depois de ter registado prejuízos nos últimos dois anos.
O banco vai mesmo avançar com um aumento de capital, noticiado ainda na sexta-feira, através da emissão de novas acções. Serão 687,5 milhões de novos títulos, através dos quais o Deutsche Bank espera encaixar até oito mil milhões de euros. "Segundo as futuras regras de capital esta operação vai permitir-nos alcançar um rácio de capital de cerca de 14% e retirar uma fonte de grande de incerteza", realçou o presidente executivo do banco, John Cryan, através de uma mensagem enviada aos funcionários do banco e que foi publicada no site da instituição.
O aumento de capital deverá arrancar no dia 21 de Março, de acordo com um comunicado emitido este domingo. A operação deverá terminar no dia 6 de Abril.
Além deste aumento de capital, o Deutsche Bank vai ainda tentar encaixar até dois mil milhões de euros com a venda de activos, uma meta fixada para os próximos dois anos.
Já o Postbank, um activo que chegou a ser noticiado estar à venda, vai permanecer na esfera do Deutsche Bank, mas será fundido com a unidade de clientes comerciais e banca privada do banco alemão.
Além destas questões, o banco prevê que os custos ajustados desçam em cerca de três mil milhões de euros, passado de 24,1 mil milhões, em 2016, para cerca de 21 mil milhões, em 2021.
Ao mesmo tempo haverá alterações ao nível de gestão do banco. O actual presidente executivo, John Cryan, manterá as suas funções e ficará responsável pelo negócio do banco nos EUA. Em contrapartida, foram nomeados dois vice-presidentes executivos: Marcus Schenck, até agora administrador financeiro, e Christian Sewing, até agora presidente executivo da unidade alemã de banca privada e gestão de fortunas.