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Deputados do PS também questionam Centeno sobre fecho de balcões da CGD
Dois deputados do PS pretendem saber se a "administração da CGD fez algum estudo e/ou avaliação que sustente o encerramento do balcão" do Prior Velho.
Dois deputados do Partido Socialista enviaram questões ao Ministério das Finanças, relacionadas com o plano de fecho de balcões por parte da Caixa Geral de Depósitos.
Em causa estão a agência do banco público em Prior Velho, que se for encerrada deixará esta freguesia com 7 mil habitantes sem qualquer balcão de um banco. Para os deputados Ricardo Leão e Susana Amador, tal constitui "um evidente retrocesso em termos de serviço público e se afigura como muito preocupante, para toda essa população".
Acrescentam que a maior parte da população é "idosa" e a região "caracterizada igualmente por um forte tecido empresarial, estando aí localizadas importantes empresas com impacto nacional".
Estas questões dos deputados do PS surgem depois de na sexta-feira um elevado número de deputados do PSD também ter colocado perguntas a Centeno sobre este assunto e solicitado que o Governo divulgue o estudo que sustentou a decisão e a lista de todas as agências da CGD que vão fechar.
Agora, os dois deputados do PS pretendem também saber se a "administração da CGD fez algum estudo e/ou avaliação que sustente o encerramento do balcão em causa" e se "são conhecidos os pressupostos em que assentou a avaliação e/ou o estudo e qual a razão para encerrar esse Balcão numa freguesia que não dispõe de mais nenhum serviço bancário".
Querem também saber que "medidas poderão ser equacionadas no sentido de salvaguardar a manutenção deste relevante Balcão junto das populações, no Prior Velho, concelho de Loures", de onde são estes deputados.
Num comunicado divulgado na semana passada, o banco público confirmou que irá fechar perto de 70 das suas agências, querendo concluir a maior parte dos procedimentos já este mês. A Caixa alegou que a maior parte dos encerramentos dá-se nos grandes centros urbanos, mas não revelou oficialmente os locais onde acontecerão os encerramentos.
A administração da CGD alega que "as agências a encerrar foram objecto de análise e, além da sua actividade e resultado económico, foram tidas em consideração questões como as acessibilidades a outras agências da CGD e a mobilidade da população".
Os encerramentos de sucursais bancárias da instituição presidida por Paulo Macedo já são conhecidos desde o plano de reestruturação acordado com a Comissão Europa. Bruxelas tem obrigado ao emagrecimento dos bancos que recebem auxílios estatais. Até 2020, último ano do plano de reestruturação que está em curso desde o ano passado, o banco público tem de chegar às 480 unidades.