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Governo não vai intervir no fecho de balcões da Caixa Geral de Depósitos
A revisão da rede é da competência da administração do banco público e não do acionista, disse o primeiro-ministro no debate quinzenal. Costa lembrou ainda que há condições que decorrem do processo de capitalização da CGD que não podem ser ignoradas.
"O Governo não interveio nem intervirá" no encerramento de balcões em curso na Caixa Geral de Depósitos (CGD) "porque temos o entendimento de respeitar a autonomia de gestão das empresas do Estado limitando a intervenção à intervenção estratégica e confiando na administração a sua execução". António Costa respondia, desta forma, a uma questão da líder do Bloco de Esquerda sobre o fecho previsto de 75 balcões da CGD nas próximas semanas.
Por outro lado, salientou, a autorização da Direcção-Geral da Concorrência para a operação de recapitalização da CGD teve como condição a necessidade de aplicar alguns "remédios" entre eles a "redução do número de balcões". Algo que, acrescentou, já era do conhecimento de todos.
"Não podemos ter a Caixa a ser gerida às ordens da União Europeia", respondeu Catarina Martins. "O balcão de Pedras Salgadas dá lucro, vai encerrar porquê", exemplificou. "Como podemos ter uma política para o interior se abdicamos da intervenção do Estado enquanto acionista?", questionou ainda, mas já se obter qualquer resposta.