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Auditoria forense: Deloitte suspeita de gestão ruinosa no crédito ao BESA

A “ausência de um racional económico” que justifique o aumento da exposição do BES ao BESA “poderá ser” gestão ruinosa, conclui a Deloitte. É que além da falta de racional económico, os créditos do BES ao banco angolano estavam feridos de “informalidades” e “deficiências”. Descontrolo era a palavra de ordem nesta relação.

Bruno Simão/Negócios
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O facto de não haver uma explicação económica para o aumento da exposição do BES ao BESA, que ultrapassou os 3.000 milhões, pode levar a concluir que houve gestão ruinosa nesta relação, conclui a Deloitte na segunda parte da auditoria forense, a cujo sumário executivo o Negócios teve acesso.

 

"Na ausência de um racional económico que legitimamente justifique o aumento de exposição do BES ao BESA, este poderá ainda ser configurável como um potencial acto de gestão ruinosa", admite a auditora contratada pelo Banco de Portugal para identificar as irregularidades cometidas no BES.

 

A Deloitte conclui que, "caso sejam apurados factos adicionais", o aumento de exposição do BES ao BESA "poderá ser configurável como a prática de actos dolosos de gestão ruinosa, em detrimento dos depositantes, investidores e demais credores, por parte dos membros da administração do BES com o pelouro do BESA".

 

Além da falta de justificação económica para o crédito do BES ao BESA, a auditoria forense aponta também a falta de controlo nesta exposição, bem como a "informalidade" e "deficiência" na concessão dos créditos do BES ao banco angolano, como argumentos a favor da possível gestão ruinosa.

 

Afinal, "várias operações" eram decididas apenas por um administrador do BES, não havia análises qualitativas de risco nem contrato de crédito a descoberto, entre outras "deficiências". A falta de controlo na relação com o BESA era ainda evidente na falta de limites à exposição do BES ao banco angolano.

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