Auditoria forense concluída em Março

O sumário que os deputados receberam esta quarta-feira diz respeito apenas ao primeiro bloco da auditoria forense, sobre violação de ordens do Banco de Portugal (BdP). As principais conclusões das restantes 4 linhas de investigação – relação BES/BES Angola, impacto do aumento do passivo da ESI, recurso a veículos para financiar BES e GES, papel da ESAF no financiamento do grupo – ficarão concluídas até ao final de Março. Nas próximas semanas, serão enviadas à comissão parlamentar de inquérito.

Supervisor abre novos processos

O BdP já tem em curso quatro processos de contra-ordenação. Com o primeiro bloco da auditoria, será aberto o quinto, relacionado com a violação de ordens do supervisor. E por cada novo bloco podem surgir novos processos. Em investigação há já processos sobre má avaliação de risco do papel comercial colocado nos clientes do BES; a falta de procedimentos de controlo do BES Angola; a ausência de mecanismos adequados de prevenção do branqueamento de capitais no BESA; e o esquema de financiamento do BES com recurso a veículos.

Justiça com vários crimes na mira

A Procuradoria-geral da República já recebeu os indícios criminais do primeiro bloco da auditoria forense, que apontam para a prática de crimes de burla, favorecimento de credores e infidelidade. A documentação foi remetida para o DCIAP. Nos próximos quatro blocos, poderá haver motivos para novas investigações. O Ministério Público já está a investigar a utilização de veículos no financiamento do BES e do GES, havendo já arguidos.