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DBRS avisa Credit Suisse: tem “tolerância limitada" a mais riscos para a reputação

Agência de rating avisa que saída de Horta-Osório do lugar de 'chairman' da instituição é "mais um golpe" na tentativa de estabilizar a reputação do grupo bancário suíço e a confiança dos seus investidores e acionistas.

Duarte Roriz
18 de Janeiro de 2022 às 17:21
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A DBRS Morningstar avisa que tem "tolerância limitada" a "derrapagens adicionais de risco" no Credit Suisse.

A agência de ‘rating’ afirma em comunicado que a saída de António Horta-Osório do cargo de chairman da instituição é "mais um golpe nas tentativas do grupo de estabilizar a sua reputação após uma série de falhas na gestão do risco" e sublinha que a demissão do gestor português na sequência da violação de regras de quarentena mostra a "importância de uma cultura corporativa robusta, incluindo uma gestão que dê o exemplo, dentro e fora do local de trabalho".

Recordando os problemas que o Credit Suisse atravessa desde o colapso do fundo financeiro Archegos, a agência realça que a demissão de Horta-Osório ocorre "num momento em que o grupo está no processo de restaurar a confiança de investidores e acionistas".

Para a DBRS, o substituto do banqueiro luso garante, no entanto, uma "transição suave" no contexto da "execução da estratégia 2022-2024 apresentada aos investidores em novembro de 2021". Apesar disso, a agência entende que "qualquer progresso na reconstrução da confiança dos investidores e na melhoria da gestão de risco será mais visível no médio prazo", dado que o grupo helvético "precisa de demonstrar um período de estabilidade na gestão", que é um "elemento fundamental para a reputação de qualquer organização".

A DBRS nota que o Credit Suisse teve "várias alterações significativas da administração nos últimos 24 meses", com mudanças de CEO e chairman que "não ajudam a restaurar a confiança". 

A casa de notação financeira termina o comentário sobre a saída de Horta-Osório recordando que, em abril de 2021, apesar de não alterar o rating do grupo, reviu em baixa (de "estável" para "negativa") a perspetiva do Credit Suisse.
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