Notícia
CGD vende edifício Marconi e mais dois imóveis de escritórios por 68 milhões
O banco público alienou três edifícios de escritórios, mas não revela quem são os compradores. A Caixa Geral de Depósitos diz ter vendido, em 2017, um total de 3.100 imóveis, com os quais encaixou 338 milhões.
A Caixa Geral de Depósitos vendeu, no último mês, o Edifício Marconi, onde esteve sediada esta operadora integrada na Portugal Telecom. A esta transacção juntou-se ainda a alienação de dois imóveis de escritório. Juntas, as três operações renderam 68 milhões de euros ao banco público, segundo anunciou a instituição financeira.
A entidade presidida por Paulo Macedo não especifica – nem após insistência – quem são os compradores. Em comunicado, é apenas assinalado que "as vendas ocorreram através de processos organizados de consulta ao mercado, com mais de duas dezenas de investidores nacionais e internacionais a manifestarem interesse e a apresentarem propostas".
"O mais conhecido dos edifícios de escritório vendidos foi o Edifício Marconi, arquitectado por Álvaro Pais, situado em Entre Campos junto aos terrenos da antiga Feira Popular, na Avenida 5 de Outubro", indica a nota. A Teleperformance é a arrendatária deste edifício.
"Foram também alvo de transacções, o Edifício Santa Maria, construído em 2006, situado junto à estação de comboios de Entrecampos, e o Edifício República 50, na esquina com a Avenida Barbosa do Bocage", acrescenta o mesmo comunicado.
Não há detalhe do valor gerado por cada um dos imóveis, nem sobre se houve mais ou menos-valias com as transacções.
O Negócios questionou esta segunda-feira o banco sobre os grandes negócios de imóveis que tinha feito no final do ano passado, mas não houve resposta directa, tendo sido enviado o comunicado às redacções.
Estas transacções em Lisboa juntam-se à alienação do edifício do antigo BNU, comprado pela Segurança Social por 50 milhões de euros.
Ao todo, segundo diz a instituição financeira, "no ano de 2017, a Caixa Geral de Depósitos alienou 3.100 imóveis por todo o país, sobretudo fora dos centros urbanos de Lisboa ou do Porto". O encaixe foi de 338 milhões de euros, o que representa um aumento de 58% em relação ao ano passado.