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Nove em 10 casas novas em Lisboa já são vendidas antes de estarem prontas

A falta de oferta de casas em Lisboa deverá levar a uma subida de 5% no preço de venda em 2018. A construção nova apresenta-se como uma possível solução para este problema, traça a consultora imobiliária CBRE.

75º – Lisboa, Portugal. O pequeno-almoço custa 0,73 dólares, 2,38% do salário médio diário de 30,69 dólares
18 de Janeiro de 2018 às 14:00
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Cerca de 90% das casas que são actualmente construídas em Lisboa são vendidas ainda em planta. O mesmo é dizer que nove em cada dez casas novas são compradas ainda antes de estarem prontas.

O dado é da consultora imobiliária CBRE nas suas tendências para o mercado em 2018 e comprova como a procura em Lisboa é "muito superior" à oferta, justificando a subida dos preços.


Mesmo que estejam previstos 1.200 novos apartamentos para Lisboa em 2018, acima dos 750 do ano passado, "poucos serão aqueles que não estarão vendidos quando a obra estiver terminada". Não evitam que os preços continuem a subir, na ordem dos 5%, prevê a CBRE.


Inversão na subida dos preços só provavelmente no início de 2019, com a chegada de mais construção nova. Existem cerca de 200 projectos em fase de estudo e licenciamento, mais dispersos pela cidade.


Uma dispersão que também se justifica pelo facto do número de edifícios para reabilitar em Lisboa começar a ser reduzido. A zona ribeirinha, onde existem terrenos e imóveis devolutos, afirma-se como uma alternativa para o futuro.


A CBRE recorda que a maioria dos apartamentos construídos recentemente em Lisboa é de pequena tipologia (sobretudo T1 e T2), com um preço médio de 6.000 euros por metro quadrado, "desajustado" do poder de compra da maioria dos portugueses.


Em 2018 é também esperado um novo enquadramento para o alojamento local, o que poderá levar "alguns investidores a transferir unidades para o mercado de arrendamento tradicional", embora esse movimento esteja "longe de ser suficiente" para as necessidades na capital.


Perante essa falta de oferta, e enquanto se aguarda construção nova, a perspectiva é de uma subida de 5 a 10% nos preços para quem arrenda.

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