Opinião
Investimento imobiliário: características de um bom negócio!
Quando hoje falamos em investimento, o imobiliário surge, cada vez mais, como uma opção válida e segura para rentabilizar o nosso dinheiro.
O mercado está apetecível para quem quer investir, tem liquidez financeira para o fazer, ou pretende diversificar a sua carteira de investimento.
Os dados das transações no setor residencial são a prova deste facto. De acordo com os dados do INE, regista-se uma evolução muito favorável, com um crescimento no primeiro semestre, face ao período homólogo, de 18% no número de operações e de 25% no valor total dos negócios. A contribuir decisivamente para estes resultados, destacam-se os mercados de Lisboa e das áreas turísticas nomeadamente no Algarve e no litoral alentejano (eixo Troia-Comporta). Estes mercados, também de acordo com os dados do INE, representaram cerca de 50% do número de transações e 60% do valor dos negócios realizados em Portugal continental.
Outro facto que tem contribuído de uma forma decisiva para a performance do imobiliário residencial nestes mercados, nomeadamente no segmento do turismo residencial, é o crescimento sustentado desde 2014, acima dos dois dígitos, das receitas no setor do turismo com impacto direto no retorno deste tipo de ativos. Estes resultados e a continuação das perspetivas positivas deste segmento têm contribuído certamente para o crescimento de mais de 30% no número de registos de alojamento local verificados entre 2016 e 2017, em Lisboa e nas regiões costeiras do Algarve e do litoral alentejano.
O investimento imobiliário no segmento de turismo residencial torna-se assim, dentro do investimento imobiliário, uma opção muito interessante que alia os ganhos que se registam da valorização do imóvel com a exploração turística do mesmo.
Mas o investimento imobiliário, como qualquer outro tipo de investimento, tem um fator indissociável - o risco. E a questão que se coloca é - como mitigar esse risco?
Não sendo o investimento imobiliário, como qualquer outro, uma ciência exata, está associado a um conjunto de variáveis externas e características intrínsecas ao imóvel que o investidor, ou quem o aconselha, deve sempre considerar. Simplificando a análise e partindo do pressuposto de que a qualidade dos imóveis a investir é similar (o que em Portugal normalmente se verifica) e que a tipologia também é a mesma, desde logo e em primeira linha a localização continua a ser "o" fator principal de valorização e diferenciação de um imóvel. Esta é claramente a variável que mais influencia o seu valor e o risco associado a esse investimento, assim como, e cada vez mais, o "timing" de investimento. A estas duas variáveis acrescento uma terceira, igualmente importante e o elemento característico do turismo residencial: os serviços associados aos imóveis. Estes serviços são efetivamente o que diferencia e sustenta este tipo de imóveis, para o proprietário (e.g. gestão do imóvel e da exploração do mesmo) e para os clientes de exploração (e.g. receção, segurança, limpeza, "concierge", golfe, entre outros).
Considerando então dois desses fatores - a localização e os serviços associados aos imóveis - desde logo destacam-se os imóveis situados no Algarve e no litoral alentejano (eixo Troia-Comporta) e em particular nos resorts mais importantes na área do Golden Triangle (Quinta do Lago, Vilamoura e Vale do Lobo) e na península de Troia, podendo afirmar-se que em qualquer destas localizações os promotores destes resorts asseguram o nível de serviço e as atividades complementares necessárias para manter a qualidade da oferta e o valor dos imóveis.
Quanto ao outro fator referido - "timing", leia-se oportunidade de investimento, segundo os dados publicados recentemente pelo Confidencial Imobiliário (SIR95 - "High End Market") - as transações na gama alta nos locais "prime" de Lisboa, onde se localiza a oferta de turismo residencial, situaram-se no segundo trimestre perto dos 9.200€/m2. Já nas outras regiões analisadas, também de acordo com a mesma fonte (SIR - Turismo Residencial), os valores de venda situam-se entre os 3.700€/m2 e os 4.750€/m2 para apartamentos e moradias respetivamente, podendo concluir-se que, se as zonas "prime" de Lisboa estão hoje nos valores máximos históricos e já ao nível de outras capitais europeias, as regiões do Algarve e da península de Troia-Comporta ainda apresentam preços muito competitivos e com potencial de valorização no curto e médio prazo.
Considerados os vários fatores, estaremos em condições de tomar uma decisão muito mais esclarecida e com maiores probabilidades de termos um bom retorno de investimento. Estou também certo de que o imobiliário associado ao turismo residencial faz parte dessas opções e decisões.
Diretor-geral do Troia Resort
Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico