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CGD possibilita adiar prestação de crédito até seis meses

A CGD permitirá o adiamento até seis meses do pagamento da prestação do crédito. O banco público adota também medidas de flexibilização para o pagamento de créditos pelas empresas.

CGD destaca maior proteção do consumidor
Negócios 18 de Março de 2020 às 17:34
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou esta quarta-feira várias medidas decorrentes da epidemia da covid-19. Para os particulares destaca-se a possibilidade de adiar até seis meses o pagamento da prestação do crédito. Já para as empresas o banco estatal permite também uma moratória nos pagamentos de créditos, entre outras medidas.

O banco público afirma, em comunicado, que "decidiu tomar um conjunto de medidas que de forma simples e imediata serão implementadas abrangendo os seus clientes com créditos ativos" face ao "momento de exceção em que nos encontramos".


PARTICULARES

A CGD indica que para os clientes individuais com crédito, seja de habitação ou pessoal, irá avaliar "a eventual carência de capital até seis meses, mediante pedido dos clientes e em condições de simplicidade de acesso".

Para os clientes com Contas Caixa todas as transferências através dos canais digitais serão gratuitas "durante este período de crise", acrescenta.

Os clientes que tenham uma conta no banco estatal e que não possuam cartão de débito ficarão isentos da primeira anuidade e os clientes com pensão até 1,5 vezes o salário mínimo nacional e os jovens até 26 anos estarão isentos do pagamento de comissões.

 

EMPRESAS

No que toca às empresas, "sem prejuízo das medidas que estão a ser aprovadas pelas autoridades nacionais e europeias", a CGD disponibiliza também um conjunto de medidas que serão executadas mediante solicitação dos clientes, tendo em conta "os níveis de risco adequados".

As empresas poderão "reajustar os pagamentos das prestações mensais nos seus créditos de médio e longo prazo por um período até seis meses, para que possam ajustar os seus planos de tesouraria aos novos níveis de atividade", anuncia a CGD.

Também os prazos de pagamento de financiamento especializados "em modelos de leasing para equipamentos mais atingidos pela atual crise" podem ser prolongados por períodos adicionais de 12 meses, "reduzindo o esforço de tesouraria mensal". Adicionalmente, a Caixa irá aumentar até 30% os limites de factoring com recurso e notificado.

O banco compromete-se ainda "em articulação com as sociedades de garantia mútua promover o ajustamento das prestações dos financiamentos garantidos", como forma de "aliviar o peso das prestações nos períodos críticos dos próximos meses". A CGD irá também renovar "a generalidade dos planos de limites aprovados por prazos que podem ir até 180 dias" e simplificar os mecanismos de prorrogação até 180 dias de todas as operações de curto prazo em vigor.

No caso das empresas ou entidades do setor da saúde e social, a Caixa irá "simplificar a decisão de prorrogação em 12 meses do prazo total de operações de leasing mobiliário que estejam em vigor e, em alternativa, introduzir períodos de carência até 12 meses".

Já para o setor dos transportes a instituição financeira vai "alargar o prazo de pagamento dos leasings sobre viaturas ligeiras e viaturas pesadas por períodos até 12 meses ou em alternativa introduzir períodos de carência até 90 dias".

No setor do turismo, um dos mais atingidos em termos económicos pela epidemia da covid-19, a CGD vai "alargar os prazos de vencimento até mais cinco anos, em função de avaliação pontual tendo presente aspetos específicos das empresas".

 

O banco estatal vai ainda criar linhas de crédito e reforçar as atuais linhas "para conferir meios adicionais às empresas no âmbito das suas atividades, nomeadamente para aquisição de equipamentos informáticos e de telecomunicações no sentido de incrementar os meios disponíveis para teletrabalho".

A Caixa vai também "pré-financiar as encomendas do Estado ou de grandes cadeias de distribuição, através dos mecanismos de crédito existentes, contribuindo para a manutenção das linhas de abastecimento das funções essenciais".

O banco público vai ainda antecipar este mês o pagamento aos seus fornecedores no montante de 10 milhões de euros e "manterá os pagamentos com prazos imediatos, após confirmação, nos próximos meses".

Por último, a CGD vai isentar o pagamento da mensalidade de todos os Terminais de Pagamento Automático (TPA)  com faturação inferior a 7.500€ por mês até 31 de maio.

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