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Precisa mesmo de ir ao balcão de um banco? Agências vão ter restrições

O BPI vai funcionar "à porta fechada" a partir de segunda-feira devido ao Covid-19, e vai atender clientes "em caso de absoluta necessidade". Mas todos os bancos podem estabelecer limites de afluência.

BPI com custos relevantes
BPI mantém balcões a funcionar "à porta fechada".
14 de Março de 2020 às 18:04
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Os bancos vão apelando aos seus clientes para que não se desloquem aos balcões, sem necessidade. Apelam ao uso das tecnologias e de acesso à distância, como o "homebanking" ou as aplicações móveis, ou ainda as caixas automáticas.

Ainda assim pretendem manter os balcões com pessoal, mas com limitações.

O BPI já fez saber, numa informação enviada às redações, que "todas as suas unidades comerciais – balcões, centros premier, balcão móvel e centros de empresas – estarão a funcionar 'à porta fechada' a partir de segunda-feira, dia 16 de março", podendo os clientes, com "absoluta necessidade de atendimento presencial", "assinalar a sua presença e serão devidamente atendidos". O banco liderado por Pablo Forero realça que "esta decisão é temporária e será alvo de um acompanhamento permanente e posterior reavaliação assim que a evolução da situação o permita".

Também o Santander vai restringir acesso aos balcões, gerindo os fluxos de entradas "de modo a evitar aglomerações excessivas que possam implicar maiores riscos de contágio" . 
 
Assim, o banco diz que "será dado acesso simultâneo a um número de clientes que seja equivalente ao número de colaboradores existente no interior do balcão". 
 
Apesar de não haver informação ainda sobre esta medida em relação aos outros bancos, o Santander realça que o fará "à semelhança de medidas similares a adotar pelos restantes operadores do sector". 

Os clientes deverão assim, como já acontece com outro tipo de estabelecimentos, aguardar a sua vez em fila no exterior, guardando a distância social entre eles aconselhada pelas autoridades de saúde.

Os bancos sustentam estar a seguir as recomendações da Direção Geral de Saúde, e também estarão a seguir as diretivas sobre espaços comerciais, limitando a sua afluência.

À Lusa, a Caixa diz que "está a tomar as medidas necessárias para manter a continuidade do funcionamento dos diversos serviços, processos de negócio e relações com os seus clientes e outros 'stakeholders' dentro dos níveis de serviço normais", mostrando-se "disponível para estudar e apoiar os seus clientes a ultrapassar eventuais constrangimentos que advenham da covid-19".

No caso do Novo Banco, os balcões também se mantêm abertos, mas em situação de acumulação de clientes, cabe ao gerente do balcão assumir um encerramento controlado, controlando assim a afluência de clientes.

Há já, no entanto, situações nas zonas mais críticas com controlo de acesso ou mesmo com alguns encerramentos temporários nalguns dos bancos.

A Associação Portuguesa de Bancos já tinha apelado para que os clientes privilegiem o uso dos canais digitais e telefónicos, "evitando, quando tal for possível, o recurso às agências", disse num comunicado na quinta-feira, recomendação que se aplicava "em especial" aos clientes "mais vulneráveis como idosos, pessoas com doenças crónicas ou sistemas imunitários enfraquecidos", refere ainda a entidade que representa os bancos nacionais.

As "operações do dia-a-dia como transferências bancárias, pagamento de serviços ou carregamentos de telemóveis poderão ser executadas, de forma segura e cómoda, através do 'homebanking' ou da aplicação do banco, bem como das máquinas de Self-Service instaladas nas agências ou da rede de ATM". Além disso, "deverão ser ainda privilegiados os pagamentos com cartão (se possível 'contactless') ou através de meios digitais", evitando-se o manuseamento de dinheiro vivo.

Além disso, as instituições financeiras estão a adotar um conjunto de medidas de prevenção, nomeadamente o reforço de higienização das instalações, a dispersão física de colaboradores afetos a determinados serviços, a limitação da participação em reuniões, eventos ou viagens ao estrangeiro, privilegiando-se a realização de contactos ou reuniões através de meios remotos, como a videoconferência, nota a APB.

(notícia atualizada às 19:58 com mais informação)
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