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CGD não sobe comissões em 2024. Banqueiros otimistas em relação à economia nacional
Numa conferência, os CEO de quatro dos maiores bancos nacionais revelaram que estão otimistas em relação à economia portuguesa e dizem que as eleições antecipadas não são um risco.
O CEO da Caixa Geral de Depósitos afirmou que o banco não vai aumentar as comissões em 2024. "Tal como não o fizemos em 2023, também não o faremos" este ano, disse Paulo Macedo numa conferência organizada pelo Jornal Económico.
O gestor está menos otimista do que os seus pares relativamente à economia portuguesa e prevê "uma redução do crescimento", a que se acrescenta "a incerteza política".
Paulo Macedo realçou, no entanto, que "a redução da dívida publica não deve ser minimizada - os economistas não podem dizer que isto é o elefante na sala e depois desvalorizar quando, de facto, acontece".
A possível descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu poderá também "dar outro tipo de ânimo aos agentes económicos", mas alertou que o efeito dessa expectativa já se está a sentir nos indexantes - habitualmente usados para o cálculo da prestação do crédito. "Os indexantes não estão só dependentes do BCE e isso é positivo e permite conter o que seria um problema drástico que é o malparado e diminuir o esforço das familias", destacou.
"Temos obrigação de ser otimistas", arrancou Miguel Maya, CEO do BCP, numa resposta às perspetivas de 2024 da economia.
"Não tenho nenhum receio das eleições, faz parte de um processo democrático e os bancos têm de estar preparados para trabalhar com todos. Pode haver instabilidade, mas não prevejo nenhuma transformação em Portugal que possa pôr tudo em risco", salientou.
Tal como o seu homólogo da CGD, Miguel Maya destacou "a maior vitória dos últimos anos que é a sustentabilidade da dívida pública", que considera ser "essencial".
Para um novo Executivo nacional salientou que "gostava de ter um Governo que percebesse o impacto das novas tecnologias", porque "é a tecnologia que quebra as barreiras da geografia".
Mark Bourke, responsável máximo do Novo Banco, relativizou as eleições legislativas de março, salientando que "mesmo com uma queda do Governo, as agências de 'rating' continuaram a olhar bem para Portugal". Quanto ao crescimento económico, destacou que "Portugal cresce mais do que a União Europeia e isso é uma prova positiva".
Pedro Leitão, do Montepio, acompanhou as anteriores abordagens e referiu que sendo "Portugal uma democracia consolidada" não vê riscos nas eleições antecipadas. Para o próximo governo pediu uma "agenda de crescimento" que diz ser o que falta ao país.
Apesar de ter ressalvado que "em Portugal há três coisas que ninguém pode falar: política, futebol e religião",na mesma conferência, João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, pediu "mais ambição e menos conformismo" ao país e salientou que é "preciso executar melhor e mais rápido".
Quanto às eleições foi conciso: "não me preocupa, vivemos em democracia e a maioria decidirá".
Ao contrário dos responsáveis do primeiro painel, Pedro Castro e Almeida, desvalorizou as "contas certas", que diz ser algo que também aconteceu nos anos 1950 e 1960. Acrescentou que "contas certas é como ter um terreno limpo e isso é melhor do que ter um terreno pedregoso".
No entanto, "é preciso semear algo e nós não temos crescimento em Portugal há 20 anos". Sem alarmismos, acrecentou, "Portugal está bem, o nosso problema é de ambição - contas certas é o minimo, é o terreno, é ótimo ter um terreno limpo, mas é preciso semear".
Lícinio Pina, do grupo Crédito Agrícola, deixou de parte "os políticos" e prefere focar-se "nas políticas" e pediu uma "melhoria das políticas públicas em áreas da saúde à educação, é preciso que o novo governo pense nas pessoas".
O gestor está menos otimista do que os seus pares relativamente à economia portuguesa e prevê "uma redução do crescimento", a que se acrescenta "a incerteza política".
A possível descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu poderá também "dar outro tipo de ânimo aos agentes económicos", mas alertou que o efeito dessa expectativa já se está a sentir nos indexantes - habitualmente usados para o cálculo da prestação do crédito. "Os indexantes não estão só dependentes do BCE e isso é positivo e permite conter o que seria um problema drástico que é o malparado e diminuir o esforço das familias", destacou.
CEO do BCP, Novo Banco e Montepio mais otimistas
"Temos obrigação de ser otimistas", arrancou Miguel Maya, CEO do BCP, numa resposta às perspetivas de 2024 da economia.
"Não tenho nenhum receio das eleições, faz parte de um processo democrático e os bancos têm de estar preparados para trabalhar com todos. Pode haver instabilidade, mas não prevejo nenhuma transformação em Portugal que possa pôr tudo em risco", salientou.
Tal como o seu homólogo da CGD, Miguel Maya destacou "a maior vitória dos últimos anos que é a sustentabilidade da dívida pública", que considera ser "essencial".
Para um novo Executivo nacional salientou que "gostava de ter um Governo que percebesse o impacto das novas tecnologias", porque "é a tecnologia que quebra as barreiras da geografia".
Mark Bourke, responsável máximo do Novo Banco, relativizou as eleições legislativas de março, salientando que "mesmo com uma queda do Governo, as agências de 'rating' continuaram a olhar bem para Portugal". Quanto ao crescimento económico, destacou que "Portugal cresce mais do que a União Europeia e isso é uma prova positiva".
Pedro Leitão, do Montepio, acompanhou as anteriores abordagens e referiu que sendo "Portugal uma democracia consolidada" não vê riscos nas eleições antecipadas. Para o próximo governo pediu uma "agenda de crescimento" que diz ser o que falta ao país.
"Ambição" é palavra-chave para os CEO do BPI e Santander Totta para a economia em 2024
Apesar de ter ressalvado que "em Portugal há três coisas que ninguém pode falar: política, futebol e religião",na mesma conferência, João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, pediu "mais ambição e menos conformismo" ao país e salientou que é "preciso executar melhor e mais rápido".
Quanto às eleições foi conciso: "não me preocupa, vivemos em democracia e a maioria decidirá".
Ao contrário dos responsáveis do primeiro painel, Pedro Castro e Almeida, desvalorizou as "contas certas", que diz ser algo que também aconteceu nos anos 1950 e 1960. Acrescentou que "contas certas é como ter um terreno limpo e isso é melhor do que ter um terreno pedregoso".
No entanto, "é preciso semear algo e nós não temos crescimento em Portugal há 20 anos". Sem alarmismos, acrecentou, "Portugal está bem, o nosso problema é de ambição - contas certas é o minimo, é o terreno, é ótimo ter um terreno limpo, mas é preciso semear".
Lícinio Pina, do grupo Crédito Agrícola, deixou de parte "os políticos" e prefere focar-se "nas políticas" e pediu uma "melhoria das políticas públicas em áreas da saúde à educação, é preciso que o novo governo pense nas pessoas".