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Novo Banco teve lucros de 743 milhões em 2023, um novo recorde

A margem financeira atingiu os 1.143 milhões de euros, mais 83% do que tinha sido alcançado no ano anterior. O crédito malparado teve uma redução superior a 17%.

Mark Bourke, CEO do Novo Banco
Mark Bourke, CEO do Novo Banco Miguel Baltazar
Vítor Rodrigues Oliveira vitoroliveira@negocios.pt 02 de Fevereiro de 2024 às 07:26
O Novo Banco obteve um lucro de 743,1 milhões de euros no ano passado, o maior de sempre, aumentando 32,5% face ao ano anterior, em que tinha registado um recorde de 560 milhões.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por Mark Bourke indica que a margem financeira (o que o banco ganha entre o que cobra pelos empréstimos e o que paga pelos depósitos) atingiu os 1.142,6 milhões de euros, mais 82,7% do que tinha sido alcançado no ano anterior (625,5 milhões). Aquela que é, de longe, a principal fonte de rendimento dos bancos teve este nível de aumento "em resultado do ambiente favorável das taxas de juro e da gestão criteriosa das taxas de juro dos ativos e do custo de financiamento", afirma o banco. 

Já as comissões aumentaram 0,9% para 296,1 milhões de euros (tinha sido 293,3 milhões em 2022), "com o impacto das alterações legislativas a condicionaram, em parte, a evolução positiva deste agregado".

"Em 2023, o banco apresentou um conjunto de fortes resultados, superando todas as metas financeiras e evidenciando um consistente histórico de execução e entrega", afirma o CEO do banco, Mark Bourke, no comunicado, que lembra ainda as notações positivas das agências de "rating". O gestor garante que o banco se vai manter focado nos seus clientes e que estará bem posicionado "para satisfazer as suas necessidades financeiras, suportados por um balanço sólido".

Ao longo do ano passado, o crédito a clientes atingiu os 25,5 mil milhões de euros, com ligeiro aumento nos segmentos de habitação e consumo e ligeira redução nos empréstimos a empresas.

Os recursos totais chegaram aos 34,9 mil milhões de euros (+0,2 p.p), com os depósitos a valerem 28,1 mil milhões (menos 1,1%). O rácio de transformação é de 81,2%, ou seja, por cada 100 euros captados em depósitos, o banco emprestou 81,2 euros.

Já relativamente ao crédito malparado — Non Performing Loans (NPL), na expressão em inglês — reduziu 17,7% no ano, para 1.133 milhões de euros, segundo o Novo Banco. O rácio líquido NPL desceu para 0,7% e o rácio de NPL para 4,4% (era de 5,4% em dezembro de 2022).

Os custos com a operação tiveram um aumento de 6,9% face ao período homólogo, atingindo os 479,2 milhões de euros, "refletindo o contínuo investimento estratégico na transformação digital, otimização e simplificação da organização, e, por outro lado, os efeitos da inflação", sublinha a instituição. Deste valor, 252,7 milhões foram gastos com pessoal (o que representa uma subida de 8,1%).

No final do ano, o Novo Banco tinha mais 119 trabalhadores do que no mesmo período do ano anterior, para um total de 4.209 pessoas, apesar de ter cortado dois balcões — tem agora 292.

Última atualização às 8h04
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