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CGD e macaense BNU unem esforços para juntar China e países de língua portuguesa

A Caixa Geral de Depósitos assinou um protocolo de cooperação com o seu banco, o BNU Macau, para servir de plataforma para a ligação entre a China e os países de língua portuguesa.

DR
21 de Junho de 2018 às 13:30
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Juntar a China aos países de língua portuguesa. Este é um dos grandes objectivos da Caixa Geral de Depósitos e do seu banco macaense, BNU, com a assinatura de um protocolo de cooperação no âmbito de um encontro que ocorreu esta quinta-feira, 21 de Junho.

 

O protocolo simboliza, indica um comunicado enviado às redacções, "o início de uma colaboração mais estreita e profunda entre ambas as instituições". A CGD é dona de 99,43% do BNU Macau, banco comercial, com 20 agências de retalho, mas também um dos dois bancos que emite moeda na região. O banco contava com um activo líquido, no final do ano passado, de 6,7 mil milhões de euros e tem dado os maiores contributos, entre a área internacional, para os resultados da Caixa. No primeiro trimestre, o BNU Macau deu 15,3 milhões de euros para o resultado consolidado da Caixa, num período em que o banco público português alcançou lucros de 29,6 milhões.

 

"Aproveitando a rede global da CGD e do BNU, será criada uma plataforma de informação com canais de comunicação específicos, no sentido de troca de informações entre a China e os países de língua portuguesa. Pretende-se desta forma, promover e disponibilizar referências de oportunidades de negócios individuais, empresariais e financeiros, assim como fortalecer a cooperação em negócios relacionados com crédito", indica a nota de imprensa.


Com esta cooperação, os dois bancos acreditam poder identificar oportunidades de negócios para os seus clientes. Além do BNU, a CGD tem uma sucursal em Zhuhai e um escritório de representação em Xangai e os países de língua portuguesa (à excepção do Brasil) são considerados estratégicos no seu plano estratégico, pelo que não irá sairá destes mercados. De qualquer forma, no último ano fechou a sucursal "off-shore" que tinha em Macau. 

 

O protocolo foi assinado por Paulo Macedo, presidente da CGD, e, do lado do BNU, por José João Guilherme (também administrador da CGD), e Carlos Álvares (ex-presidente do Popular Portugal que é agora vice-presidente do banco de Macau).


A assinatura ocorreu em Lisboa, num encontro de empresários que visa a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa e em que Macau pretende assumir o papel de plataforma.

 

O mercado chinês é também uma economia que o concorrente da CGD, o BCP quer explorar, agora que tem a Fosun como principal accionista. Já tem uma parceria para conseguir atrair turistas chineses em Portugal e já assumiu, em documentos oficiais, a intenção de expandir-se na região, incluindo Macau.

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