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CEO do Santander refuta lucros excessivos. “Somos a empresa privada que mais paga IRC”
Pedro Castro e Almeida considera que mais importante do que os lucros, é o contributo das empresas para o país.
Em 2023, o Santander alcançou os melhores resultados de sempre ao atingir 895 milhões de euros. O CEO do banco, Pedro Castro e Almeida, refuta falar em lucros excessivos, preferindo destacar o contributo da empresa para o país.
Na conferência de apresentação dos resultados de 2023, o responsável começou por destacar que os bons resultados são uma tendência que tem sido observada pelos restantes bancos. E defende que mais importante do que os lucros, é o contributo que as empresas dão para a economia. "Há empresas que têm lucros e não pagam impostos cá", apontou.
"Somos a empresa privada que paga mais IRC em Portugal", adiantando que contribuíram com 583 milhões de euros para os cofres do Estado, o que corresponde a uma taxa efetiva de 45%. "A banca não deduz IVA, ao contrário dos outros setores", acrescentou. E referiu que os resultados do banco mostram que o "banco está bem capitalizado para ajudar Portugal a crescer nos próximos três anos".
Sobre as perspetivas a curto prazo, lembrou que 2023 foi um ano "fora do comum" e não tem dúvidas de que os próximos três anos serão "mais desafiantes".
Referindo que a economia não cresce há um ano e meio e os volumes de crédito serão mais reduzidos, mais a pressão nos depósitos, deverá levar a uma compressão de margem financeira.
O Santander Portugal fechou 2023 com lucros de 894,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 57,3% face ao período homólogo e um resultado recorde.
O CEO do banco sublinhou que os resultados traduzem um "crescimento assinalável" que tem sido tendência do setor na Europa fruto da "rapidez com que foi feita a subida das taxas de juro depois de uma década de taxas negativas" e "do plano de transformação comercial e digital" implementado nos últimos anos.