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Santander em Portugal lucrou 895 milhões em 2023, o melhor resultado de sempre

Resultados do banco foram "os melhores de sempre", tendo aumentado quase 57% face a 2022. Evolução foi impulsionada pelo crescimento de 90% da margem financeira, beneficiando da subida das taxas de juros.

Pedro Catarino
02 de Fevereiro de 2024 às 09:58
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O Santander Portugal fechou 2023 com lucros de 894,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 57,3% face ao período homólogo e valores recorde. É um resultado "sólido" e o "melhor de sempre" seguindo a tendência do setor a nível europeu, como referiu Pedro Castro e Almeida, CEO do banco em conferência de imprensa esta sexta-feira. Este valor exclui o impacto de mais-valias, nomeadamente as obtidas em operações intra-grupo com a alienação da área de seguros.

 

Tal como os restantes bancos comerciais, a instituição financeira continuou a beneficiar do enquadramento de aumento das taxas de juro na Zona Euro definido pelo Banco Central Europeu (BCE). 

A margem financeira - que reflecte a diferença entre os juros que os bancos cobram nos créditos e os que pagam nos depósito -  disparou 90,5% para 1,5 mil milhões de euros. Aliás, foi o que sustentou os proveitos [produto bancário] - que aumentaram 51,5% para 1,9 mil milhões de euros - uma vez que as demais componentes registaram quedas.

  

Na rubrica de receitas, as comissões continuaram a tendência de queda registada no trimestre anterior, tendo recuado 2,8% para 457 milhões de euros.  Em 2023, o banco aumentou a sua base se clientes ativos em mais 70 mil, ou seja, em 4%.

 

A subida dos proveitos acabou por absorver o agravamento dos custos em 7% para 519 milhões de euros. O CEO do banco justificou esta evolução com o contexto inflacionista e, principalmente, com incremento em 8% da massa salarial.  No final de 2023, o Santander Portugal tinha 4615 trabalhadores, menos 29 face a 2022.

O rácio de eficiência situou-se e, 26,6%, uma redução de 11 pontos percentuais face ao final de 2022.

No que toca ao crédito, apesar do volume total ter crescido 3% para 44,6 mil milhões de euros, os empréstimos a particulares recuaram 4,7% face a 2022, com as famílias a reagirem ao contexto de taxas de juro mais elevadas com um maior volume de amortização antecipada de créditos, em particular para habitação.

Já os recursos de clientes, no montante de 43,3 mil milhões de euros, uma queda de 5,4%, "refletiram os efeitos combinados de duas dinâmicas: por um lado, a desalavancagem por parte dos particulares e, por outro, a diversificação das poupanças para recursos fora de balanço, os quais cresceram 11,1% face ao final de 2022", segundo o comunicado dos resultados do an passado.


O CEO do banco sublinhou que os resultados traduzem um "crescimento assinalável" que tem sido tendência do setor na Europa fruto da "rapidez com que foi feita a subida das taxas de juro depois de uma década de  taxas negativas" e "do plano de transformação comercial e digital" implementado nos últimos anos.

Sobre os resultados "extraordinários" dos bancos, Pedro Castro e a Almeida fez questão de lembra que 2023 
é "o primeiro ano em 15 anos que os bancos conseguem ter uma rentabilidade superior ao seu custo de capital".


A nível global, o grupo espanhol alcançou  11 mil  milhões de euros de lucros  em 2023, um valor recorde e 15% superior ao de 2022.


(Notícia em atualização)
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