Notícia
Santander com lucros recorde de 11.076 milhões em 2023. Portugal contribui com 896 milhões
O grupo Santander lucrou mais de 11 mil milhões no ano passado. Uma subida que derivou do aumento das receitas, do número de clientes e do controlo de custos. Em Portugal, a margem financeira sustentou as contas do Totta.
Os lucros do grupo financeiro espanhol Santander alcançaram os 11.076 milhões de euros em 2023, um valor recorde e 15% superior ao de 2022, anunciou esta quarta-feira o banco.
Em Portugal, o Santander Totta contribuiu com 896 milhões de euros para as contas, uma subida de 67,9% face a 2022. A operação nacional teve uma diminuição homólogo de 6% tanto nos empréstimos, como nos depósitos.
A margem financeira teve um crescimento anual acentuado, de 96%, sustentado pela subida das taxas de juro, atingindo os 1.465 milhões de euros em 2023. O número de clientes reduziu-se em 0,5% para 2,9 milhões.
Já as receitas cresceram 53,1% face a 2022 para 1.982 milhões no ano passado.
No quarto trimestre, face aos meses entre julho e setembro foi registado um aumento dos lucros atribuídos ao grupo de 3,2% para 292 milhões de euros.
"Maior foco na rendibilidade, em vez de quota de mercado. Empréstimos sob pressão de taxas de juro alta. Excelente gestão da liquidez, com o custo dos depósitos sobre controlo, face a um contexto de amortizações antecipadas", pode ainda ler-se na apresentação do grupo, num curto balanço da atividade em Portugal.
No último trimestre do ano passado, entre outubro e dezembro, o grupo Santander teve lucros de 2.933 milhões de euros, mais 28% do que no mesmo período de 2022.
Num comunicado, o Santander atribuiu os resultados do ano passado "ao forte crescimento das receitas, especialmente na Europa, ao aumento do número de clientes e a um bom controlo de custos, que neutralizou o aumento previsto das dotações".
Em 2022, as receitas do banco aumentaram 13% e chegaram aos 57.647 milhões de euros.
Quanto ao crédito concedido pelo Santander, e num contexto de aumento de taxas de juro, diminuiu globalmente 1% no ano passado, embora os empréstimos ao consumo tenham crescido 6%.
O banco atribui esta evolução do crédito por os clientes terem usado "o excesso de depósitos para amortizar dívida", em especial empréstimos à habitação, e diz que a taxa de morosidade (atrasos e incumprimentos no pagamento das prestações) se manteve "praticamente estável" nos 3,14%.
"Os recursos dos clientes (depósitos e fundos de investimento) cresceram 4%, com um aumento dos depósitos de 2%", apoiado tanto nos clientes particulares como nas empresas", diz o Santander, no comunicado divulgado hoje.
O banco destaca "o forte crescimento na Europa em 2023", onde teve lucros de 5.482 milhões de euros, mais 45% do que em 2022.
Só em Espanha, os lucros aumentaram 52%, para os 2.371 milhões de euros, enquanto no Reino Unido cresceram 13%, para os 1.545 milhões de euros.
Ainda na Europa, aumentaram os clientes (quase mais um milhão, com destaque para o mercado espanhol), mas os créditos e depósitos diminuíram "devido às taxas de juro mais altas e a amortizações antecipadas" de crédito.
Segundo o banco, na Europa, as amortizações de empréstimos antecipadas e os fundos de investimento dos clientes cresceram 12% em 2023.
Já na América do Norte, os lucros diminuíram 20%, para 2.354 milhões de euros, o que o Santander explica com as maiores dotações, "em linha com o previsto", e custos de financiamento mais altos nos Estados Unidos no ano passado.
No entanto, no México, o banco teve um "comportamento sólido" e os lucros aumentaram 17%, para 1.560 milhões de euros.
No conjunto da América do Norte, o crédito concedido pelo Santander aumentou 3% e os depósitos cresceram 4%.
Quanto à América do Sul, onde o Santander está presente no Brasil, os lucros diminuíram 11%, para 3.038 milhões de euros, devido ao aumento de custos e maiores provisões.
No Brasil, o lucro do Santander foi 1.921 milhões de euros, menos 25% do que em 2022, o que o banco justifica com o aumento de custos associados à inflação e às provisões.
O Santander fechou 2023 com mais de 212 mil trabalhadores e 165 milhões de clientes em todo o mundo.
Em Portugal, o Santander Totta contribuiu com 896 milhões de euros para as contas, uma subida de 67,9% face a 2022. A operação nacional teve uma diminuição homólogo de 6% tanto nos empréstimos, como nos depósitos.
Já as receitas cresceram 53,1% face a 2022 para 1.982 milhões no ano passado.
No quarto trimestre, face aos meses entre julho e setembro foi registado um aumento dos lucros atribuídos ao grupo de 3,2% para 292 milhões de euros.
"Maior foco na rendibilidade, em vez de quota de mercado. Empréstimos sob pressão de taxas de juro alta. Excelente gestão da liquidez, com o custo dos depósitos sobre controlo, face a um contexto de amortizações antecipadas", pode ainda ler-se na apresentação do grupo, num curto balanço da atividade em Portugal.
No último trimestre do ano passado, entre outubro e dezembro, o grupo Santander teve lucros de 2.933 milhões de euros, mais 28% do que no mesmo período de 2022.
Num comunicado, o Santander atribuiu os resultados do ano passado "ao forte crescimento das receitas, especialmente na Europa, ao aumento do número de clientes e a um bom controlo de custos, que neutralizou o aumento previsto das dotações".
Em 2022, as receitas do banco aumentaram 13% e chegaram aos 57.647 milhões de euros.
Quanto ao crédito concedido pelo Santander, e num contexto de aumento de taxas de juro, diminuiu globalmente 1% no ano passado, embora os empréstimos ao consumo tenham crescido 6%.
O banco atribui esta evolução do crédito por os clientes terem usado "o excesso de depósitos para amortizar dívida", em especial empréstimos à habitação, e diz que a taxa de morosidade (atrasos e incumprimentos no pagamento das prestações) se manteve "praticamente estável" nos 3,14%.
"Os recursos dos clientes (depósitos e fundos de investimento) cresceram 4%, com um aumento dos depósitos de 2%", apoiado tanto nos clientes particulares como nas empresas", diz o Santander, no comunicado divulgado hoje.
O banco destaca "o forte crescimento na Europa em 2023", onde teve lucros de 5.482 milhões de euros, mais 45% do que em 2022.
Só em Espanha, os lucros aumentaram 52%, para os 2.371 milhões de euros, enquanto no Reino Unido cresceram 13%, para os 1.545 milhões de euros.
Ainda na Europa, aumentaram os clientes (quase mais um milhão, com destaque para o mercado espanhol), mas os créditos e depósitos diminuíram "devido às taxas de juro mais altas e a amortizações antecipadas" de crédito.
Segundo o banco, na Europa, as amortizações de empréstimos antecipadas e os fundos de investimento dos clientes cresceram 12% em 2023.
Já na América do Norte, os lucros diminuíram 20%, para 2.354 milhões de euros, o que o Santander explica com as maiores dotações, "em linha com o previsto", e custos de financiamento mais altos nos Estados Unidos no ano passado.
No entanto, no México, o banco teve um "comportamento sólido" e os lucros aumentaram 17%, para 1.560 milhões de euros.
No conjunto da América do Norte, o crédito concedido pelo Santander aumentou 3% e os depósitos cresceram 4%.
Quanto à América do Sul, onde o Santander está presente no Brasil, os lucros diminuíram 11%, para 3.038 milhões de euros, devido ao aumento de custos e maiores provisões.
No Brasil, o lucro do Santander foi 1.921 milhões de euros, menos 25% do que em 2022, o que o banco justifica com o aumento de custos associados à inflação e às provisões.
O Santander fechou 2023 com mais de 212 mil trabalhadores e 165 milhões de clientes em todo o mundo.