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CEO do Credit Suisse afirma que trabalhadores nunca vão voltar ao escritório

Em entrevista, Thomas Gottstein, explica que é irrealista os trabalhadores regressarem aos escritórios.

Reuters
23 de Maio de 2022 às 15:20
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O CEO do banco Credit Suisse, Thomas Gottstein, afirmou esta segunda-feira que os funcionários dos bancos nunca irão voltar a trabalhar em tempo integral no escritório.

"É irreal e não é o que os funcionários querem" explicou. Em entrevista no Fórum Económico Mundial em Davos, o presidente executivo adiantou que o banco estava "a tentar encorajar as pessoas a voltar, mas acaba por ser contraproducente se for forçado".

Gottstein acrescentou que nunca se voltará aos tempos em que a maioria dos funcionários estão no escritório e que de momento a taxa obrigatória é de cerca de 60%, mas os números reais mostram que apenas 37% dos trabalhadores do banco suíço estão fisicamente no escritório.


O CEO do Credit Suisse junta-se a vozes crescentes na Europa que têm apoiado políticas de trabalho flexíveis, para atrair e fixar novos colaboradores nas empresas. Aliás, várias empresas europeias como o BNP Paribas, o BBVA e o grupo suíço UBS já procederam a alterações nas políticas em relação ao trabalho remoto, permitindo que os colaboradores possam trabalhar de casa.

"Nunca voltaremos aos antigos números de 80 a 90% das pessoas nos escritórios", frisou Gottstein. 

E o responsável referiu ainda outros fatores para esta nova realidade: "em certas cidades, como Londres, onde a deslocação para o emprego é complicada, as pessoas preferem ficar em casa um ou dois dias por semana". 

"Olhando para as estatísticas semanais, vemos que as segundas e sextas-feiras temos muito pouca gente nos escritórios, enquanto às terças, quartas e quintas-feiras o número é muito mais elevado. Acho que esta é uma tendência que veio para ficar", rematou.

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